Depois de programar aquela viagem, surge a dúvida cruel: levar ou não o animal de estimação? De acordo com a veterinária Silvia C. Parisi do Portal Vidadecao, alguns pontos devem ser analisados para se responder a esta questão.
A primeira regra, válida para cães e gatos, é evitar os trajetos muito longos, pois eles são bastante estressantes para o animal. Além disso, a mudança de ambiente também é desgastante para os bichinhos, principalmente para os gatos.
Evite ainda viajar com animais idosos, principalmente aqueles cujas condições de saúde requerem cuidados, como os que têm problemas de coração ou de visão. Além disso, bichos com menos de 4 meses de idade, que ainda não completaram a vacinação, só devem ser transportados em caso de necessidade e não devem ficar expostos a outros animais ou à rua.
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Verifique o clima e as condições de transporte
Para quem vai de carro, é importante preocupar-se com o possível aumento da temperatura corpórea do animal, uma vez que ele não sua. Por isso, caso você opte por levar seu bichinho, viaje em horários mais frescos, e pare freqüentemente para oferecer-lhe água.
Se você vai viajar de ônibus, lembre-se de verificar a disponibilidade antes, pois nem todas as empresas aceitam levar animais. Caso o percurso seja muito grande, pense bem antes de levar seu melhor amigo.
Se a viagem for feita de avião, o problema diminui, pois os cães e gatos viajam melhor desta maneira. Entretanto, as companhias aéreas impõem algumas regras para transportá-los, como as dimensões e tipo de caixa de transporte, necessidade de sedação, reserva, número de animais por vôo, entre outros.
Como proceder para embarcar com os bichos
Para viagens nacionais ou internacionais de avião, é preciso apresentar um atestado de saúde fornecido pelo veterinário (no máximo 3 dias antes da viagem) e um certificado de vacinação anti-rábica (de 30 dias ou mais antes da viagem).
Quando estiver com esses documentos, o proprietário deverá ir ao Ministério da Agricultura para obter um atestado (GTA - guia de trânsito animal, para viagens interestaduais, ou um Certificado Zoo Sanitário Internacional, para viagens internacionais).
Para viagens internacionais, é necessário informar-se no Consulado do país de destino quais as exigências para a entrada do animal. Alguns aceitam apenas o atestado do Ministério da Agricultura e outros exigem um visto consular para a entrada do animal.
Há ainda países que exigem que o animal cumpra um período de quarentena no aeroporto e impõem restrições quanto ao número de animais que estão imigrando. Informe-se sobre tudo antes de embarcar, para evitar surpresas desagradáveis.
Viagens rodoviárias
Para transportar um animal em viagens rodoviárias interestaduais é preciso portar a mesma documentação necessária para viagens aéreas (carteira de vacinação anti-rábica e atestado de saúde). O procedimento também é o mesmo: os documentos devem ser encaminhados ao Ministério da Agricultura, que emitirá a guia de trânsito animal (GTA).
O animal deverá ser transportado no banco de trás e com a cabeça dentro do veículo. Caso o bicho estiver na janela do carro ou sozinho no banco da frente, o motorista pode ser multado.
Para quem vai deixar o animal
Na maioria dos casos, deixar o animal é bem menos estressante, por isso, caso você tenha alguém conhecido para ele ficar, é melhor. Outra opção são os hotéis para cães e gatos, que aceitam apenas os bichos que estão com a vacinação em dia.
Para você não ficar preocupado, procure referências do estabelecimento onde você irá deixar o seu bichinho e conheça antes as instalações. O ideal é que ele tenha espaço para circulação e uma área para ele se exercitar e tomar sol. (Fonte: InfoMoney)