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Viagens longas

Como arcar com despesas em países com diferentes moedas?

Redação Bonde
24 jun 2010 às 09:34

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É sempre importante ter uma quantia na moeda do país, para gastos menores e emergenciais - Reprodução
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Uma das facilidades de viajar para a Europa é que é possível conhecer diversos países em um curto espaço de tempo. Com o euro como moeda única dos países da União Europeia, fica ainda mais fácil pensar nos gastos durante as férias, já que não é preciso ficar procurando casas de câmbio a cada novo destino.

Mas e se o passeio envolver países que não aderiram ao euro como moeda única, como o Reino Unido, por exemplo?

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De acordo com Paulo Della Volpe, vice-presidente de marketing da Confidence Câmbio, é sempre importante ter uma quantia, mesmo que pequena, na moeda do país, para gastos menores e emergenciais. "Uma análise importante, no entanto, é definir quanto tempo passará em cada local, para definir o melhor meio de pagamento durante o passeio", completa.

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Essa análise de permanência vai definir se o ideal é levar apenas o papel moeda ou se é interessante partir para outros meios, como os cartões pré-pagos (VTM). "Se a pessoa vai passar 30 dias na Europa e, destes, três em Londres, pode ser mais interessante fazer um VTM em euro e levar uma quantidade de libra esterlina em papel", ensina. "Mas, se a ideia for passar 15 dias na capital da Inglaterra e os outros 15 em outros países, pode valer a pena levar dois cartões, um em euro e outro em libra", explica.

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Os cartões VTM permitem a realização de saques sempre na moeda local do país onde estiver e compras diretamente da rede credenciada Visa. Mesmo permitindo compras e saques em qualquer moeda, na hora de adquirir um cartão antes de viajar, é possível carregá-los, atualmente, em dólar americano, euro, libra ou rand (moeda sul-africana). Mas é preciso optar por uma destas moedas, já que ainda não é possível mesclar diferentes divisas.


Pré-pago de viagem

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Entre as vantagens do VTM, estão a segurança de não carregar muito dinheiro na carteira e a questão cambial, já que é possível planejar o carregamento do cartão e evitar surpresas com mudanças cambiais mais bruscas.


De acordo com a Confidence Câmbio, "cada pessoa tem em mente o que acredita ser mais vantajoso para si, e desta forma escolhe como levar seu dinheiro durante sua viagem internacional". Contudo, a sugestão de levar cartão acontece nas seguintes situações:

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- Viagens de longa duração;


- Viagens a destinos classificados como "não seguros";

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- Qualquer viagem cuja moeda de destino não seja disponível no Brasil. Isto porque a maioria das pessoas leva dólares americanos, para trocar no destino;


- Levando os mesmos dólares no cartão, os caixas eletrônicos e utilização de débito representarão segurança, comodidade e eventualmente melhores taxas de conversão, comparando instituições que atuam em aeroportos, hotéis ou outras formas de troca (taxistas, restaurantes etc);

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- Menores de idade (idade mínima para uso do cartão é 14 anos);


- Viagens de intercâmbio cultural (aportes na medida do necessário e controle dos gastos pelos pais ou responsáveis);

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- Viagens onde muitos países serão visitados e a troca de moeda será frequente.


VTM x cartão de crédito


Os cartões de crédito ainda são a modalidade de gasto mais comum no exterior. De acordo com a última nota do Setor Externo, divulgada pelo Banco Central, os pagamentos com cartão de crédito responderam por 62,4% dos gastos de brasileiros no exterior em abril deste ano. No quarto mês do ano, as despesas no cartão de crédito representaram US$ 767 milhões dos US$ 1,229 bilhão gastos por brasileiros em outros países em abril.


Mas a utilização de cartões de crédito no exterior requer alguns cuidados especiais, para que a viagem dos sonhos não se torne um pesadelo. Compare o VTM e os cartões de crédito em algumas situações:


Cobrança IOF: sobre toda e qualquer transação efetuada no exterior com seu cartão de crédito incidirá o imposto IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Este imposto encarece suas compras em 2,38%, enquanto a incidência do imposto sobre uma operação de câmbio turismo, como é o caso do VTM, é de apenas 0,38%.


Variação cambial: o fechamento da fatura ocorre uma vez por mês e o valor final em reais utilizará a taxa do dólar do dia do fechamento. Isto pode representar um sério problema, em virtude do risco de desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar. Nos cartões pré-pagos não existe o impacto da variação, ou seja, se você colocou 1 mil euros hoje no cartão, quando viajar, daqui a dois meses, ainda terá os mesmos 1 mil euros, mesmo que haja uma grande mudança cambial.

Juros altos em caso de saque de dinheiro: ao realizar um saque de dinheiro em um caixa eletrônico, usando seu cartão de crédito, você estará sujeito aos juros cobrados pela instituição. Para os saques com o VTM, é cobrada uma taxa única de US$ 2,50 por transação. (Fonte: Infomoney)


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