Não são só as baleias e os golfinhos que atraem os olhares curiosos dos turistas. Na Indonésia, as arraias são as criaturas marinhas mais admiradas pelos visitantes. Nos 5,8 milhões de quilômetros quadrados de oceano do país é possível encontrar exemplares desse grandioso animal, mas a maior concentração fica na região de Raja Ampat, considerada um santuário desde 2010. Os turistas chegam a pagar cerca de 15 milhões por ano para nadar ao lado das arraias.
Esse número levou o governo a criar leis de proteção e proibir a caça às arraias. As autoridades concluíram que os bichos valem mais vivos do que mortos. No ramo pesqueiro um exemplar é comercializado por no máximo US$ 500. Já se for preservado, cada animal pode render ao setor turístico cerca de US$ 1 milhão, o equivalente a R$ 2,3 milhões, durante a vida.
A ideia agora é conscientizar os percadores e treiná-los em atividades ligadas ao turismo, como guias, instrutores de mergulho ou motoristas de barcos. A polícia também vai intensificar a fiscalização para assegurar que as arraias não sejam mortas.
A arraia é um dos maiores peixes do mundo e pode chegar a 8 metros de largura. Há dois tipos de arraias na Indonésia: mantas e mobulas. Nenhuma delas possui o famoso "ferrão", sendo inofensivas a humanos. Ambas são alvos de caça por suas brânquias, valiosas na medicina tradicional chinesa.
Encontrado nos trópicos, o animal vive até os 50 anos e gera um único filhote a cada dois anos. A reprodução demorada e o aumento de procura na China tornaram o animal vulnerável à extinção. Além da Indonésia, a pesca destes bichos é proibida na Austrália, Equador, União Europeia, México, Nova Zelândia, Filipinas e em alguns estados dos Estados Unidos. (Fonte: Revista Casa e Jardim)