Muita coisa ainda está por ser descoberta por turistas brasileiros e estrangeiros entre o pão de queijo mineiro e a moqueca capixaba. Fruto de uma parceria entre Minas Gerais e Espírito Santo, um novo caminho abre as potencialidades dos dois estados e promete uma nova rota que esconde além da rica culinária de ponta a ponta, paraísos ecológicos, cachoeiras, montanhas e muito, mas muito charme. É a Rota Imperial, trecho que liga Ouro Preto (MG), na Estrada Real, a Viana e Santa Leopoldina (ES).
Com os pés fincados na história brasileira, o caminho ganha vida com o aproveitamento de seu potencial turístico baseado no desenvolvimento socioeconômico sustentável das comunidades.
Conhecida como Estrada de São Pedro d’Alcântara, a Rota Imperial é composta de caminhos abertos há mais de 200 anos. A história dessas vias começa no Século XVIII, durante o período de exploração do território nacional em busca de ouro. Para controlar o trânsito de mercadorias no Brasil, a Coroa Portuguesa proibiu o uso dos caminhos entre os dois estados. Somente com o declínio da exploração aurífera e com a chegada da Família Real ao país, a Rota foi oficialmente aberta. Concluída em 1816, definiu o intercâmbio entre as capitais Ouro Preto (MG) e Vitória (ES), consolidando a ocupação do território nos locais onde passava.
A Estrada Real (ER) é composta por três caminhos históricos e uma variante. Em seu eixo principal estão o Caminho Velho (liga Parati a Ouro Preto), o Caminho Novo (une Rio de Janeiro a Ouro Preto), o Caminho dos Diamantes (de Ouro Preto a Diamantina) e a Variante de Sabarabuçu (do distrito de Glaura, em Ouro Preto, a Barão de Cocais). Com um total de 198 municípios, a área de abrangência da ER ocupa os estados de Minas Gerais (168), Rio de Janeiro (8) e São Paulo (22).