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Pedal pelo Vale Europeu: história, cultura e natureza encantam em SC

13 abr 2016 às 09:15

Já pensou em fazer uma viagem de bicicleta por paisagens impressionantes? Em Santa Catarina isso tornou-se possível com a criação de um percurso de cicloturismo no chamado Vale Europeu. O roteiro de 300 km, sai de Timbó, passa por Pomerode, Indaial, Rodeio, Doutor Pedrinho, Alto Cedros e Palmeiras e leva em média sete dias para ser completado.

Como o nome já diz, o Valeu Europeu é uma região com colonização europeia, onde o ciclista pode apreciar o contato com a natureza - em diversas trilhas e cachoeiras - a gastronomia local (cervejas, cucas, comida alemã e italiana), além da arquitetura em estilo enxaimel dos alemães. No site do roteiro Circuito Vale Europeu, o ciclista poderá ver o mapa do percurso e planejar seus roteiros por dia, além de ver o grau de dificuldade das trilhas. Há também vários depoimentos de turistas que fizeram o percurso de bike.


Na cidade de Timbó, início do percurso, o ciclista pode tirar um passaporte e um certificado de que completou o percurso. Ao longo das cidades que passar, vai carimbando o passaporte. Ao todo, a associação Vale das Águas já emitiu 10.620 passaportes desde que o caminho foi inaugurado em 2006. O valor do passaporte, do certificado e o caderno com os roteiros é R$ 15.


"Criamos esse circuito para mostrar os atrativos da região. Hoje, a trilha é toda sinalizada em amarelo. Vem gente principalmente do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo a maioria homens", conta Cintia Kopsh, responsável pelo circuito. A maioria dos participantes, segundo ela, já têm algum preparo físico.


Divulgação/Clube de Cicloturismo


Segundo Cintia, é importante que o ciclista traga sua bicicleta e é aconselhável que se faça o circuito acompanhado, pois em alguns trechos mais altos, o celular não pega. Nos pontos que não tem pousada para dormir, há estrutura de cama e café ou hostel, mas é sempre bom reservar antes.


A melhor época para fazer o percurso do Vale Europeu vai depender do gosto do ciclista. No inverno as temperaturas caem e é mais úmido, podendo chegar a 2ºC na serra, já de outubro a março é mais quente.


Divulgação/Clube de Cicloturismo


Além do roteiro de cicloturismo, as cidades oferecem atrações. Em Timbó, por exemplo, está o Museu do Imigrante, o Jardim Botânico e o Parque Central. Em Pomerode, que tem forte colonização alemã, está a rota do Enxaimel, com mais de 100 casas em estilo enxaimel (feita em hastes de madeira) e 16 clubes de caça e tiro, tradição na região. O turista também poderá apreciar a culinária típica como o marreco recheado, eisbein, kassler e cucas. Em Rodeio, estão os fortes costumes italianos e o turista poderá conhecer a Tirolesa K2mil com 2 mil metros de extensão e o oratório Frei Bruno, ícone religioso do município.


Timbó já recebeu R$ 673 mil do Ministério do Turismo para obras de revitalização de praça, reforma do pavilhão de eventos e construção de quiosque. Pomerode por sua vez, recebeu R$ 414 mil para construção do pórtico, drenagem pluvial e apoio à infraestrutura turística. Indaial Rodeio e Doutor Pedrinho também receberam recursos do MTur para obras de infraestrutura.


Divulgação/Circuito Vale Europeu


A empresária e ciclista Andrea Ferrandini, de Brasília, já fez o percurso no Vale Europeu duas vezes com amigos. Ela que pratica o ciclismo há 13 anos, conta que adora ter contato com a natureza e desafios. "Todo ano, pelo menos duas vezes, eu me preparo para fazer uma viagem de bike. A próxima será para Urubici, em Santa Catarina", diz. Segundo Andrea, o cicloturismo é uma viagem que não sai cara e ainda reúne duas coisas ao mesmo tempo, os amigos e o passeio.


Outro percurso de cicloturismo no Brasil envolve a Serra da Capivara, no Piauí, e os achados arqueológicos local. No percurso, o cicloturista poderá apreciar cânions e a Pedra Furada, uma formação geológica. A cidade de apoio é São Raimundo Nonato e a Fundação do Homem Americano é um dos pontos de visitação.


Divulgação/Circuito Vale Europeu

Na Serra da Canastra (MG), é possível conhecer a nascente do São Francisco, ver o processo de fabricação do queijo da canastra. Esse roteiro é melhor fazer na época da seca, de maio a outubro. Conheça outros roteiros no site do Clube de Cicloturismo.


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