Antiga capital de Pernambuco, Olinda foi por duas ocasiões a capital do estado e desde 1982 é considerada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco. Além de toda a beleza natural e histórica, Olinda também é conhecida pelo carnaval, graças aos seus bonecos gigantes que descem as ladeiras da cidade ao som do frevo e do maracatu. Olinda fica bem ao lado de Recife, são apenas sete quilômetros que separam as duas cidades. Por este motivo quem visita uma cidade conhece as duas. Dirigir pela capital pernambucana não é uma das tarefas mais fáceis, por este motivo a melhor opção para conhecer o Recife Antigo é a pé. Já para visitar Olinda o melhor é pegar um táxi, já que as ladeiras são muitas. No centro de Olinda não há opção, o trânsito é fechado para carros, pois a cidade vive basicamente do turismo.

Os guias mirins são ótimas opções para conhecer a cidade. Em vários pontos turísticos é possível encontrar um deles, que explicam de forma rimada e muito engraçada a história de Olinda. Com eles, poderá se conhecer os Mercados da Ribeira, do Varadouro, o Mirante do Alto da Sé, o Seminário, o Museu de Arte Sacra, entre outras construções que levam o visitante ao passado. O circuito das igrejas também merece um destaque especial. Existem inúmeras delas, dedicadas aos mais diferentes santos e com muitas imagens e altares revestidos em ouro. Elas remetem o visitante ao período em que portugueses e holandeses disputaram o estratégico território, quando boa parte das igrejas de Olinda e de Recife for incendiada pelos holandeses. No passeio por Olinda é imperdível apreciar o pôr-do-sol do Alto da Sé. Com uma vista privilegiada é possível avistar boa parte de Olinda e Recife além do mar.

Ir para o nordeste brasileiro e não aproveitar a praia é quase que um pecado. Na região a melhor é a de Boa Viagem, onde acontece toda a agitação com moradores e turistas. Esta praia conta com diversos quiosques nos seus sete quilômetros de extensão além de, quando a maré está baixa, contar com piscinas, naturais nos arrecifes, onde é possível chegar a pé.

Compras

Localizada às margens do rio Capibaribe, a Casa de Cultura de Pernambuco reúne 150 lojas que oferecem o rico artesanato produzido no estado. São bonecas de pano, camisetas, redes, além de artigos em renda, couro, cerâmica, entre outras opções. Instalado na antiga Casa de Detenção do Recife, o espaço é tombado pelo Patrimônio Histórico. As lojas ficam dispostas, a sua maioria, em dois pisos divididas em três alas do antigo presídio.

Outra oportunidade para adquirir artesanato típico e peças de decoração é durante a feirinha que acontece nas tardes de domingo na rua do Bom Jesus, no Recife Antigo. O evento é incrementado ainda com atividades culturais. Já em Olinda, o Mercado do Varadouro, que funciona na sede da antiga Casa da Alfândega Real, é uma boa opção. Também o Mercado da Ribeira oferece máscaras de papel machê e antiguidades. Nas ladeiras é possível encontrar diversas lojas com artesanato o ano inteiro.

Vida Noturna

Se durante o dia Olinda é pura história e encantos, à noite é no Recife que se concentra toda a badalação. No centro histórico, o burburinho é nos arredores da rua do Bom Jesus. Já na orla, estabelecimentos tradicionais, como o Boteco, reúnem a turma que não abre mão do chope e petiscos escolhidos na bandeja do garçom.

O carnaval de Olinda

Marcado pela animação dos ritmos pernambucanos, o Carnaval na região dá sinais de vida uma semana antes da data oficial. Enquanto em Recife trios ao som de frevo arrastam foliões pela praia de Boa Viagem, em Olinda, o desfile do bloco das Virgens do Bairro Novo avisa que a festa está começando. Cada cidade tem uma característica de carnaval diferente, por esse motivo a dica na região é a seguinte: "Brinque o Carnaval em Olinda de dia e vá para Recife à noite". Recife tem um Carnaval distribuído em polos de animação organizados pela Prefeitura.

Já o que caracteriza o Carnaval de Olinda é seu caráter mais familiar, com pequenos blocos ou troças, uma profusão de fantasias inventivas e, claro, os bonecos gigantes. Enquanto o Galo da Madrugada, registrado no "Guinness Book" como o maior do mundo, levando mais de 1,5 milhão de pessoas às ruas de Recife, os Bonecos Gigantes de Olinda levam cerca de 1 milhão. O melhor da folia do Recife e de Olinda é que todos os eventos são gratuitos. Não é preciso comprar abadás ou fantasias para participar da democrática festa.

Bonecos Gigantes

Esses foliões enormes que todos os anos desfilam nas ladeiras históricas de Olinda são também chamados de "calunga" pelos carnavalescos mais antigos. Construídos com um material leve ele é confeccionado para permitir que um só carregador o conduza durante todo o desfile, sob forte calor do verão nordestino. A temperatura no interior da roupa ultrapassa os 40º. O trabalho de se confeccionar os bonecos consome muito isopor, papel, madeira e fibra de vidro para a cabeça, além de metros e metros de tecido para costurar as roupas.

Roteiro religioso

Igreja do Rosário dos Homens Pretos de Olinda: Construída na segunda metade do século XVII, é a primeira igreja em Pernambuco a possuir irmandade formada por negros. Em volta da igreja, os negros promoviam folganças denominadas Congos, uma tentativa de resgatar as festas religiosas da África. Recentemente, em 1998, ao passar por restaurações, foram descobertas pinturas que imitam pedras preciosas e o marmorizado dos altares de madeira das igrejas mais ricas da cidade. Aberta à visitação de segunda a sexta das 9h às 11h e aos sábados das 10h às 21h. Fica no Largo do Bonsucesso, 45.

Igreja de São Sebastião: Fundada em 1686, a igreja foi construída com recursos do Senado e donativos populares. Aberto para visitas aos sábados às 15h. Fica na rua 15 de Novembro, s/n° - Varadouro

Igreja de São Salvador do Mundo: Foi a primeira igreja construída no Brasil. Fundada em 1540, tinha sua estrutura inicial em madeira e taipa. A partir de 1584, começou a construção da nova igreja matriz com muitas capelas ao redor. Aberta de segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 14h às 17h. Fica no Alto da Sé.

Igreja e Convento de Santa Tereza: Em estilo barroco, ambos foram erguidos em meados de 1660. Os altares da igreja ostentam requintadas talhas com imagens dos séculos XVII e XVIII de santeiros pernambucanos. Hoje, o convento abriga um orfanato e o Colégio Santa Tereza. Fica na Avenida Olinda, 570 A.

Igreja e Convento de Nossa Senhora da Conceição: Um dos mais antigos conventos do Brasil colonial, ele foi abandonado no período da invasão holandesa e reconstruído depois, passando a funcionar como casa religiosa de recolhimento para mulheres abandonadas. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição tem como principal atração a imagem barroca de Nossa Senhora da Conceição, que possui uma riquíssima pintura em ouro e policromia com um pedestal formado por um bloco de anjos com a representação da Lua e uma coroa de prata. Abre de segunda a sexta-feira das 8h às 11h e da 14h às 16h. Fica no Largo da Misericórdia, s/n°, no Alto da Sé.

Igreja de Nossa Senhora das Neves, Capela de São Roque e Convento de São Francisco: Com a construção iniciada em 1585, é o convento franciscano mais antigo do Brasil. A igreja foi incendiada pelos invasores holandeses em 1631 e reconstruída no século XVII. O forro da igreja tem pinturas do século XVIII. Fica aberto de segunda a sexta das 7h às 11h30 e das 14h às 17h; aos sábados das 7h às 12h. Fica na Ladeira de São Francisco, 280.

Basílica e Mosteiro de São Bento: O Mosteiro de São Bento é o segundo construído em terras brasileiras, com sua construção datada do século XVI. Destaca-se o requintado altamor com arquivoltas do barroco brasileiro. Toda em madeira revestida em ouro, no trono principal do altar, encontra-se a imagem do patriarca São Bento. A sacristia conventual é a mais rica das igrejas de Olinda com elaboradas talhas douradas, espelhos de cristais e painéis, mostrando a vida penitente de São Bento. Suas portas são almofadadas em alto-relevo e emolduradas em pedra. Aberta à visitação das 8h30 às 11h30 e das 14h30 às 17h. Fica na Rua de São Bento, s/n°

Igreja Santo Antônio do Carmo: Primeira igreja da Ordem dos Carmelitas a ser construída em terras brasileiras, provavelmente, no período de 1580 a 1620. No século XVIII passou por restaurações. A fachada da Igreja do Carmo é em estilo colonial renascentista, com colunas, portas e janelas trabalhadas. O seu altar-mor contém três nichos: o central com a imagem barroca do seu padroeiro e os laterais, dedicados aos santos fundadores da Ordem dos Carmelitas, Santo Elias e Santo Eliseu. Nos corredores laterais do templo encontram-se vários altares com grandes quadros a óleo sobre madeira com imponentes molduras. Fica na Praça do Carmo

Seminário de Olinda e Igreja de Nossa Senhora da Graça: Um conjunto arquitetônico, formado pela Igreja de Nossa Senhora da Graça e pelo antigo Seminário, está no ponto mais alto de Olinda. Foi preservada até hoje a modulação clássica da Igreja de Nossa Senhora da Graça, que a transforma no maior testemunho da arquitetura jesuítica do século XVI no Brasil. Castigado pelo incêndio da cidade, o colégio foi posteriormente reconstruído e reocupado pelos jesuítas. No arco da capelmor, há uma inscrição com a data de 1661, provavelmente, a época da conclusão dos reparos. Abre de segunda a sexta-feira, às 6h50 para missas e das 14h30 às 16h para visitação. Fica na Rua Bispo Coutinho, s/n°.

Capela Dourada: Construída em 1697, a Capela Dourada da Ordem Terceira de São Francisco é uma das mais expressivas da arte barroca nas igrejas brasileiras. Seu interior todo revestido em ouro velho remonta a uma época de riquezas e ostentação. Em um prédio anexo fica o Museu de Arte Sacra. Abre para visitação de segunda a sexta, das 8 às 11h e das 14 às 17h. Aos sábados, das 8 às 11:30h. Fica na Rua do Imperador, s/n no Bairro de Santo Antônio.

Pontos Turísticos

Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco: Reunindo um acervo de cerca de 2.800 peças, além da coleção "Assis Chateaubriand", o museu possui 204 obras de diferentes técnicas e vários autores como Cândido Portinari, Francisco Brennand, Telles Júnior, Ladjane Bandeira, entre outros. Há ainda a coleção "Abelardo Rodrigues" que foi adquirida pelo Governo do Estado em 1984. Fica na Rua 13 de Maio. O horário de visitação é de terça a sexta-feira, das 8h30 às 12h30; sábado, das 9h às 12h e domingo, das 14h às 17h. A entrada custa R$ 1,00.

Museu de Arte Sacra de Pernambuco: Localizado numa das mais belas paisagens da cidade de Olinda, o Alto da Sé, foi de lá que Duarte Coelho fundou a vila de Olinda. A construção histórica, que abriga o museu desde 1974, já serviu como Câmara do Senado de Olinda, colégio, quartel e casa para freiras. Grande parte do acervo existente no Maspe confirma a Arte Sacra de Pernambuco como uma das mais ricas do país. Fica na rua Bispo Coutinho, 726. Abre de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h45. A entrada custa R$ 1,00.

Casa dos Bonecos Gigantes: Os tradicionais bonecos olindenses que saem pelas ruas e ladeiras da cidade durante o Carnaval ficam expostos o ano inteiro na Casa dos Bonecos Gigantes. O mais famoso deles, o "Homem da Meia-Noite", abre oficialmente o evento em Olinda. As peças têm cerca de três metros e meio de altura e retratam pessoas com feições exageradas, animais e diabos.

Parque das Esculturas: Construído sobre um recife em frente ao Marco Zero, o parque exibe uma exposição permanente composta por 90 esculturas de cerâmica assinadas pelo artista plástico pernambucano Francisco Brennand. A obra principal é a Coluna de Cristal, confeccionada em argila e bronze, com 32 metros de altura e inspirada em uma flor descoberta por Burle Marx. Do Marco Zero partem barquinhos que levam ao local.

Sinagoga Kahal Zur Israel: A primeira sinagoga das Américas, ela foi construída em 1636 e seu primeiro rabino foi Isaac Aboab da Fonseca. No local há o Centro Cultural Judaico de Pernambuco. O acervo desta instituição conta com informações sobre a história do povo judeu em Pernambuco no período de ocupação neerlandesa, além de artefatos recuperados durante a prospecção arqueológica da sinagoga.

Praias da região

Praia do Pina: Urbana, a Praia do Pina oferece infraestrutura semelhante à de Boa Viagem, sua vizinha, com muitas barracas. As ondas fracas e a proteção dos recifes atraem famílias com crianças.

Itamaracá: O mar calmo e os bancos de areia são as principais características das praias de Itamaracá, como Enseada dos Golfinhos, Pontal de Jaguaribe e Praia do Sossego. Imperdível é fazer um passeio de barco ou jangada para a ilhota da Coroa do Avião, um banco de areia situado no encontro do rio Jaguaribe com o mar, perfeito para mergulhar ou simplesmente curtir as barracas bem estruturadas.

Maria Farinha: A 35 quilômetros do Recife, a praia tem águas calmas, rasas e claras, perfeitas para a prática de esportes náuticos como windsurf, caiaque, mergulho e jet-ski. Situada entre o rio Timbó e o mar, a praia de areias brancas e fofas se estende por quatro quilômetros, contornada por coqueirais e muito mangue. Na maré baixa, passeios de barco levam aos pequenos bancos de areia e cascalho que formam piscinas naturais repleta de peixes coloridos. Outra atração é o Veneza Water Park, com toboáguas e piscinas que fazem a alegria da criançada.

Praia do Paiva: Limpa e bem conservada, a praia do Paiva fica em um condomínio que impede a entrada de ônibus. Por toda a extensão, emoldurada por um belo coqueiral, alternam-se mar aberto com ondas fortes e piscinas naturais de águas mornas, reunindo surfistas e banhistas. O acesso é feito através de caminhada pela Mata Atlântica.

Itapuama: Em tupi-guarani, Itapuama quer dizer "praia bonita". No local há piscinas naturais de águas claras e um mar agitado que atrai surfistas, que dividem espaço com os pescadores.

Gaibu: Considerada uma das praias mais animadas do Litoral Sul, Gaibu é repleta de barracas, bares e restaurantes com música ao vivo. Tem areias finas e mar de águas verdes perigoso para banhos. Fica no município de Cabo de Santo Agostinho.

Praia de Boa Viagem: Ponto de encontro de várias tribos, a praia de Boa Viagem tem espaço para todo mundo. São sete quilômetros de areias claras, coqueiros e um mar de águas verdes com piscinas naturais. No extenso calçadão, há quiosques padronizados, pista de cooper, chuveiros, quadras de vôlei e equipamentos para musculação. Um dos pontos mais concorridos da praia é o trecho entre as ruas Félix de Brito e Melo e Antônio Falcão, em frente ao Edifício Acaiaca. Repleta de ambulantes, encontra-se de tudo em Boa Viagem. (As informações são do Jornal da Orla)