O surto de gripe A (H1N1) na Argentina e no Chile, os principais destinos internacionais do turismo de férias dos brasileiros, pode favorecer as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Isso porque muitas pessoas deverão trocar os destinos mais frios da América do Sul pelas cidades mais quentes do País.
Como resultado disso, a Tendências Consultoria prevê que a demanda por rotas domésticas, na aviação, cresça 10,1% neste ano. Apenas em junho, houve alta de 7,5% na demanda por assentos, na comparação com maio. Em relação ao sexto mês do ano passado também houve alta, de 6,8%, sendo que a estimativa para julho também é positiva.
Preços similares
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Também favorece as viagens para o Nordeste o fato de os preços serem similares aos cobrados para destinos como Chile e Argentina. Um pacote de cinco dias e quatro noites em Buenos Aires, por exemplo, sai por cerca de R$ 1.005*, enquanto para Porto de Galinhas, em Pernambuco, o preço também gira em torno de R$ 1 mil.
Já uma viagem para Santiago do Chile, também por cinco dias e quatro noites, sai por cerca de R$ 1.500, enquanto ir para João Pessoa, na Paraíba, custa cerca de R$ 1.470.
A gripe A também levou as pessoas a cancelarem viagens para os Estados Unidos, mas, ao contrário dos destinos para a América do Sul, os pacotes para esse país são mais caros. Para Nova York, por exemplo, oito dias custam em torno de US$ 2.100.
Maior concorrência
Mas a gripe A não é o único fator que favorece o turismo interno. Segundo a Tendências Consultoria, também houve o aumento da concorrência no setor aéreo, com mais empresas atuando em rotas coincidentes ou complementares. Com isso, as cotações de passagens aéreas tiveram um aumento discreto no início do ano, de 1,1%.
(*Os valores divulgados foram encontrados nos sites das agências CVC e Stella Barros. As informações são do Infomoney)