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Especial Peru

Aventuras na Cordilheira

Thiago Mossini - especial para o Bonde
04 nov 2009 às 12:43

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- Thiago Mossini
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Pouco conhecida e muito bela é Huaraz, cidade de aproximadamente 80 mil habitantes a 400 quilômetros ao Norte de Lima, capital do estado de Ancash. A cidade também é a base para os turistas que chegam para visitar a região ou para praticar escalada e trekking. São 38 diferentes trilhas que cortam canions e vales. É lá o melhor lugar para se aventurar pelos Andes. Pode-se desfrutar das maravilhas da Cordilheira Blanca e da Cordilheira Negra. Em Huaraz, também está o Parque Nacional Huascarán, com a montanha mais alta do país e terceira da América do Sul, o Huascarán, que tem 6.768 metros de altura. Suas imponentes montanhas abrigam importantes ruínas pré-incaicas, glaciares brilhantes, paredes verticais e lindos lagos coloridos que parecem terem sido feitos no Photoshop.

Vilarejos e pequenas cidades nos arredores de Huaraz ajudam a contar um pouco da história do povo andino. Pacotes turísticos apresentam cada uma das cidades. Por 50 soles (cerca de R$ 35) um onibus com guia leva o turista até o Parque Nacional de Huascarán, passando por Huaraz, Carhuaz, Yungay e Caraz. O passeio reserva muitas emoções nas sinuosas estradas que levam até os quase 4 mil metros de altura do impressionante Lago Llanganuco, a última parada do ônibus.

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Antes, porém, uma pausa para visitar Yungay, ou melhor, o que ainda resta dela. Em 31 de Maio de 1970 um grande tremor de terra seguido de um desmoronamento de parte do cume dom Huascaran arrasou a cidade. Em 5 minutos, dez toneladas de gelo e barro soterraram Yungay, na época com 28 mil habitantes. Em segundos tudo foi coberto e quase 25 mil pessoas morreram. Um circo instalado no estádio da cidade escapou e as 300 crianças que lá estavam sobreviveram. O cemitério, que fica num ponto alto, também não foi atingido. Lá foram encontrados cerca de 90 sobreviventes.

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A cidade hoje é um gigantesco cemitério. Ao caminhar por ela, é possível ver cruzes espalhadas pelo local e restos de casas. Um ônibus dobrado em dois é uma das poucas evidencias visíveis da força da natureza.

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Deixando a parte trágica de lado, após a parada em Yungay começa a subida até chegar ao Llanganuco um lago de água bem azul encravado em meio às montanhas escuras e às cobertas por gelo. Lá o turista pode passear em pequenos barcos ou mesmo caminhar ao redor do lago. O frio no local é intenso e vale a pena tomar uma caneca de chá de coca para esquentar e para espantar os efeitos do soroche, o mal de altura, já que o lago fica a 3,8 mil metros de altitude. Para visitar Llanganuco paga-se uma taxa de 5 soles (R$ 3,5).
Na volta, nada melhor do que desfrutar de um prato típico da região: o Cuy assado. Ou melhor, porquinho da índia. Se no Brasil o bichinho entra em casa apenas como animal de estimação, no Peru, ele vai direto para a mesa.


A Cordilheira Blanca ainda reserva outras maravilhas naturais. Uma delas é o nevado Pastoruri, a montanha mais acessível do Parque Nacional Huascarán. Porém, o turista tem que contar com a sorte de pegar o local aberto, já que ele abre para visitação esporadicamente. A segunda opção para quem quer chegar até a neve é conhecer a Laguna de Llaca, um passeio que exige disposição e muito preparo físico. O passeio custa cerca de 100 soles por pessoa e inclui o translado de Huaraz até o local e o guia.


As emoções começam no trajeto. São 29 quilômetros de subida contornando a cordilheira. No caminho, famílias de nativos, porcos, vacas, ovelhas, estradas sinuosas e curvas que passam bem perto de grandes abismos. Um bom teste cardíaco.

Depois de duas horas de subidas e curvas, chega-se ao ponto final da estrada. Hora de descer do carro e encarar mais duas horas e meia de caminhada até chegar à neve. Terreno irregular, muitas pedras no caminho e uma dificuldade imensa para respirar. Também, não é para menos. São 4,4 mil metros de altura. Uma hora e meia depois chega-se à recompensa pelo esforço. Está a Laguna Llaca, de água esverdeada com os paredões de gelo e, ao fundo, um grande glaciar. Uma hora mais tarde é possível alcançá-lo. O passeio leva praticamente todo o dia. A dica é levar comida e um isotônico, além de umas folhas de coca para mascar. Muitos turistas, os mais aventureiros, fazem todo o percurso a pé e acampam no local que é usado para escaladas no gelo também.


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