Os olhares curiosos, os cliques de câmeras fotográficas e os idiomas estrangeiros falados no vai e vem do teleférico do Morro do Alemão revelam que o turismo chegou ao local. De acordo com a Supervia Trens Urbanos, responsável pela administração do equipamento, 14 mil pessoas transitam diariamente pelos vagões suspensos da comunidade pacificada.
Desse total, o turismo responde por 35,7% durante os dias úteis e 64,3% aos fins de semana. O quantitativo é superior ao registrado pelos vagões do Pão de Açúcar, conhecido como um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro.
Boa parte dos turistas que vão ao Alemão são estrangeiros, curiosos para conhecer o cenário das favelas. Mesmo assim, cada vez mais turistas nacionais visitam o local. Entre os pontos que podem ser vistos do morro e ganham destaque durante o tour estão a Igreja da Penha, a Ponte Rio-Niterói e o Engenhão. Além disso, a movimentação das tropas do Exército também despertam a curiosidade dos turistas.
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Localizado na zona norte do Rio, o Complexo do Alemão é um conjunto de 13 favelas, que foi pacificado em 2010 e onde habitam cerca de 65 mil pessoas. O objetivo do governo agora é qualificar e atrair profissionais do turismo para atuar na região. A ideia é fazer com que o turismo, que já é intenso, ajude a revitaizar economicamente o Alemão.
Em uma pesquisa recente realizada pela Fundação Getúlio Vargas no Dona Santa Marta, foi constatado que o turista estrangeiro gasta muito pouco no morro. Mais da metade dos visitantes gastou no máximo R$ 5 durante o passeio.