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Rio se prepara para ser capital mundial do turismo gay

12 jul 2011 às 11:04

Uma série de iniciativas da prefeitura do Rio de Janeiro para promover a diversidade sexual ajuda a preparar a cidade para se transformar na capital mundial do turismo gay, segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira (12) pelo diário britânico The Guardian.

O jornal relata a festa de lançamento da semana da diversidade, "uma celebração das diferenças culturais e étnicas da cidade e uma tentativa de posicioná-la como a capital global do turismo gay".


Segundo o diário nos últimos meses houve "uma avalanche de iniciativas amigáveis à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) no Rio: cursos vocacionais para travestis, projetos contra intimidação de estudantes gays e lésbicas e uma nova lei proibindo a discriminação nos clubes noturnos da cidade".


A reportagem observa ainda que em fevereiro o prefeito da cidade anunciou a criação de uma secretaria especial para a diversidade, chefiada pelo estilista Carlos Tufvesson, para quem o Rio não é apenas "o destino mais sexy da Terra", mas também um lugar onde a tolerância é natural.


Para o Guardian, as iniciativas são "uma potencial fonte de renda" para a cidade. Segundo o jornal, 25% dos turistas que chegaram a cidade no ano passado, ou 880 mil pessoas, eram gays.


"O escritório de turismo da cidade espera elevar esse número ainda mais e publicou folhetos brilhantes com as cores do arco-íris, cheios de fotos de homens musculosos e slogans convidando os turistas a 'viver a sensação do Rio'", diz a reportagem.


O jornal comenta que as iniciativas do governo vêm enfrentando alguma resistência, principalmente entre "a direita religiosa".


Apesar das críticas, porém, as iniciativas do governo também vêm recebendo elogios de ativistas pelos direitos dos gays, observa o diário.

A reportagem cita uma declaração da top model transexual Lea T. durante o lançamento da semana da diversidade do Rio, para quem "é realmente incrível que o Brasil – um lugar que chamam de país de terceiro mundo – esteja fazendo algo que poucos países fizeram".


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