A chegada de turistas internacionais ao país atingiu seu ápice. O país recebeu 5,8 milhões de viajantes estrangeiros em 2012, um recorde histórico. Este ano deve bater os 6,2 milhões, de acordo com o Plano Nacional de Turismo. Um levantamento preliminar da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostra que apenas durante o período da Copa das Confederações, 25 mil turistas estrangeiros visitaram o Brasil. Mas o que eles buscam no país?
Uma parcela dos visitantes estrangeiros tem como motivação o futebol e a cultura brasileira. Há um grupo significativo que vem a negócios, para convenções e congressos internacionais. A maior parte dos estrangeiros, porém, está em busca de sol e praia, revela o Estudo da Demanda Turística Internacional, do Ministério do Turismo. A motivação não só se manteve no topo da lista de desejos, como cresceu de 54,9% para 62,1%, entre 2005 a 2011.
A segunda atividade preferida dos turistas estrangeiros é a contemplação de belezas naturais, seguida por passeios ecológicos e de aventura. Atividades culturais e diversão noturna ainda atraem pouco o visitante de fora. O estudo mostra que nove entre 10 turistas estrangeiros pretendem voltar ao Brasil.
Mais lazer
As viagens a lazer (46,1%) representaram mais que as viagens a negócios (25,6%) em 2011. Em compensação, os gastos por dia dos turistas que viajam a negócios (127,94%) continuam superiores aos dos visitantes que viajam a lazer (72,68%).
As cidades mais procuradas para o lazer são Rio de Janeiro (26,7%), Foz do Iguaçu (19,85) e Florianópolis (19,7%). Para o turismo de negócios se destacam São Paulo (51,6%), Rio de Janeiro (24,4%) e Curitiba (4,9%).
Gastos no país
Quanto maior for a distância entre o país de origem e o Brasil, mais o turista gasta em território nacional. Cada europeu deixa, em média, US$ 1.753 quando visita o Brasil. Em segundo lugar estão os americanos, com um gasto médio individual de US$ 1.587. Quando o recorte é feito na Europa, a Suíça responde pelo maior gasto per capita (US$ 2.015), seguida da Itália (US$ 2.008).
Entre os vizinhos, os chilenos são os que mais gastam, com média de US$ 800, e os paraguaios são os que menos deixam divisas no solo brasileiro (US$ 473). O tempo de permanência no país também é proporcional à distância percorrida. Os turistas europeus e norte-americanos ficam no mínimo duas vezes mais que os sul-americanos. Os portugueses são os que mais tempo passam no país (31 dias) e os paraguaios são os que menos tempo ficam (sete dias).
A pesquisa
Um total de 39 mil turistas foram ouvidos em 16 aeroportos internacionais, que respondem por 99% do fluxo internacional aéreo e 11 portais terrestres. Os questionários foram aplicados nos períodos de alta, baixa e média estações.