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Centro Histórico

Férias em Curitiba: roteiro para descobrir a cidade e sua história

Redação Bonde
21 jan 2016 às 15:14

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Quem está de férias em Curitiba, seja turista ou morador, muitas vezes se depara com aquela dúvida: qual programa diferente fazer? A capital paranaense tem diversos atrativos turísticos como Ópera de Arame, Jardim Botânico e Museu do Olho, mas às vezes esses roteiros mais divulgados podem estar um pouco "batidos" e aí é hora de reinventar e buscar novas opções. Para quem gosta de história, gastronomia, cultura e lazer o Centro Histórico é uma ótima opção.

"O Centro Histórico de Curitiba é uma das regiões mais charmosas da cidade e conta com uma diversidade de programas enorme. Além de muitos estabelecimentos que oferecem gastronomia, lazer, serviços e produtos, também temos museus, casarões históricos, igrejas, praças e muita história para contar", conta Anna Vargas, presidente da Rede Empresarial da região, associação que busca fomentar a região.

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Um pouco de história....

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Denominado também de setor histórico e popularmente conhecido com Largo da Ordem, o centro histórico representa o início da povoação do segundo planalto paranaense, onde foi oficialmente fundada a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais em 1693. Esta região da cidade compreende o atual Bairro de São Francisco e parte do Centro de Curitiba.

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Roteiro histórico


Como o próprio nome já diz, a região é carregada de história. Ao percorrer as ruas do Centro Histórico é possível ver prédios de outros séculos, alguns funcionando como museus, outros comerciais. Veja abaixo a sugestão de um roteiro para um agradável passeio pela região.

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Nosso roteiro começa no Museu Paranaense, o primeiro museu do Paraná e o terceiro do Brasil. Foi inaugurado no dia 25 de setembro de 1876, no Largo da Fonte, hoje Praça Zacarias. Depois, ocupou seis sedes e atualmente está no Palácio São Francisco. Além de ser parte da história de Curitiba, o local tem um Pavilhão da História do Paraná que faz a "linha do tempo" desde a pré-história, 8000 anos antes da época atual, até o início do século XX, com a integração dos imigrantes ao nosso Estado. Seu acervo hoje tem mais de 400 mil itens.


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Saindo do Museu Paranaense, na Rua Kellers, se tiver tempo, vale a pena dar uma desviada do roteiro e seguir pela rua para conhecer a Mesquita Imam Ali ibn Abi Talib. Por fora já é uma bela vista e se for entrar esteja ciente de que terá que tirar os calçados e as mulheres terão que usar véu. A mesquita disponibiliza o acessório caso o visitante não tenha.

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Voltando (literalmente), retorne ao Museu Paranaense, ou caso não tenha ido à Mesquita, apenas saia do Museu e, em frente, você avista a Praça João Cândido. Situada em um dos pontos mais altos da cidade, ela guarda vestígios dos primórdios de Curitiba, com os muros de uma igreja inacabada dedicada a São Francisco de Paula e iniciada no começo do Século XIX. O local é conhecido por Ruínas de São Francisco. Nela encontram-se o Belvedere, antiga construção em estilo art-nouveau, onde se reúnem as intelectuais curitibanas e que logo deve passar por restauração.


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Indo contra o sentido dos carros pela Rua Kellers, ande por alguns metros e veja à sua esquerda o Palácio Garibaldi. A construção, iniciada em 1887, tem uma fachada com estilo neoclássico. O local já foi sede do Tribunal Regional Eleitoral e Palácio da Justiça. Em 1988 foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná e até hoje recebe muitos eventos.

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Depois de conhecer alguns lugares, pode ser hora de fazer uma boquinha. Pela região existem restaurantes para todos os gostos. Destaque para o Oriente Árabe, que fica aberto desde as 11h e serve refeição direto até às 23h (de terça a sábado). Outra ótima opção também é o Tuba’s, que fica aberto tanto para almoço, quanto para o happy hour, caso esteja passando pela região no fim do dia. Caso a fome ainda não tenha batido, outra opção é descer pela Praça Garibaldi, e dar uma espiadinha no Relógio das Flores, um presente que a cidade ganhou de joalheiros em 1972. Possui oito metros de diâmetro e as flores que compõem os números são trocadas a cada estação do ano.


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Ainda na Praça, vale a pena visitar o Palacete Wolf, construído pelo imigrante austríaco Fredolin Wolf, em 1880. Depois de já ter sido sede da Câmara Municipal, de quartel general e alguns comércios como uma loja maçônica, o imóvel passou para a coordenação da Fundação Cultural de Curitiba que promove diversas ações, entre oficinas de análise e criação literária e laboratórios de leitura. O Palacete abriga, ainda, a Livraria Dario Vellozo, espaço alternativo para comercialização de obras literárias não comumente encontradas no circuito comercial.

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A terceira atração da Praça é a segunda igreja da cidade, a Igreja do Rosário. Construída por escravos em 1737, era a igreja dos pretos de São Benedito. Em 1931 foi demolida em razão d o seu péssimo estado de conservação e em 1946, a nova Igreja do Rosário foi inaugurada. Em estilo barroco tardio, tem a fachada em azulejos, originais da antiga capela. Enfeitam suas paredes os passos da Paixão em azulejaria recente, em estilo português. Em sua entrada está o túmulo do Monsenhor Celso, pároco da cidade e cura da Catedral por 21 anos, falecido em 1931.


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Agora com certeza a fome apertou. Se for hora de almoçar desça a rua Claudino dos Santos (toda de pedra e apenas de circulação de pedestres) e pare no Farnel Gastronomia Paranaense, que serve pratos típicos do Estado como barreado e paçoca de carne. O restaurante também é uma viagem pelo tempo, localizado em um casarão antigo e com muitos objetos de outros tempos fruto de coleção dos proprietários.

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Caso a fome não esteja para tanto, ou seja a hora daquele café, a parada é um pouco antes. Na mesma rua fica o Solar do Rosário, um espaço particular de arte e cultura. O local abriga Café e livraria, galeria de arte, restaurante, casa de chá e jardim de esculturas. Conta com extensa grade de cursos, oficinas e ateliês, além de ser palco de palestras, lançamentos de livros e eventos culturais. A casa onde está o Solar do Rosário foi construída no final do século XIX e é um imóvel catalogado como bem de preservação histórica da cidade.


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Se a fome for de cerveja, existem diversas opções ali no entorno também. Além do Tuba’s, que já falamos acima, também tem o Bar do Alemão, um dos mais tradicionais da cidade e sempre regado com chope gelado e comidas típicas alemãs. Também fica aberto o dia todo, pode ser parte do roteiro tanto no almoço como no final do dia. Quase em frente, fica o Quintal do Monge, com sua extensa carta de cervejas artesanais e petiscos deliciosos. Aos que preferem conhecer onde a boemia da cidade se reúne, o Bar Brasileirinho é a pedida. Situado na Rua Mateus Leme, 67, ele é um local simples com ótima música e muita animação.


No entorno de todos esses bares ainda se encontram outros monumentos e muita história. Se sobrar tempo a dica é se aventurar pelo Memorial de Curitiba (ao lado do Bar do Alemão), Casa Romário Martins (poucos metros abaixo do Alemão), Catedral de Curitiba e se sobrar fôlego ainda o Solar do Barão, que fica no lado oposto da Catedral, mas que abriga importantes e tradicionais centros artísticos: Museu da Gravura Cidade de Curitiba, Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, Centro de Documentação e Pesquisa Guido Viaro, Gibiteca, Sala SCABI, Loja da Gravura, entre outras opções.


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Associação do Centro Histórico de Curitiba


Pensando em promover a maior ocupação da região do Centro Histórico pelos turistas e, principalmente pelos próprios curitibanos, em 2012 surgiu a Rede. Com a iniciativa fomentada pelo Sebrae Paraná, em parceria com o Sistema Fecomércio e a Prefeitura Municipal de Curitiba, 22 estabelecimentos se uniram em torno deste objetivo.

Dentre as ações da Rede estão dois eventos anuais que já estão consagrados pelo público: o Festival de Inverno do Centro Histórico e o Centro Histórico Divertido. A Rede também traz atrações durante alguns períodos muito característicos da cidade, como o Festival de Teatro de Curitiba, evento conhecido internacionalmente, e promove ações ao longo do ano de ocupação e projetos culturais e comerciais na região.


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