Os países signatários do Tratado da Antártica - criado há 50 anos para proteger o continente - adotaram as propostas feitas pelos Estados Unidos para limitar o turismo na região, em uma tentativa de proteger o frágil ecossistema local.
Os países concordaram em limitar o número de cruzeiros e de turistas levados ao continente, em uma reunião na cidade americana de Baltimore, na sexta-feira.
A decisão foi tomada depois do recente aumento do número de visitantes e de acidentes com cruzeiros marítimos na região.
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O número de visitas à Antártica aumentou de 6,7 mil, entre os anos de 1992 e 1993, para 45 mil na última temporada.
A decisão se tornará um requerimento legal depois que for ratificada pelos 28 países signatários - entre eles o Brasil.
Encalhados
As restrições não preveem um mecanismo de penalização para quem não respeitá-las, mas pede aos países signatários que evitem que navios com mais de 500 passageiros aportem no continente, e pede que eles permitam que apenas cem passageiros desçam à terra firme de cada vez.
Outra resolução adotada no encontro cria um código de segurança para os navios operando na região, enquanto uma terceira resolução aumenta a proteção ambiental de todo o ecossistema antártico.
Dois navios encalharam na Antártica durante a temporada de 2008-2009 e autoridades documentaram vários incidentes que trouxeram risco de contaminação ao continente.
O pior acidente na região foi o naufrágio do cruzeiro M/S Explorer em novembro de 2007.
A Antártica é um habitat único para várias espécies de pinguins e uma importante base para outros animais, como focas, além de ser vital para a alimentação de baleias.