Bonde Viagem

GOL anuncia mais voos com saídas de Londrina, Maringá e Foz

27 jul 2016 às 15:38

A GOL anunciou mais voos para o Paraná durante reunião na tarde desta terça-feira (26) com o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Guido Bresolin Junior, e representantes do setor produtivo de Foz do Iguaçu, Maringá, União da Vitória e Cascavel.

A partir de setembro, as cidades de Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina terão quatro voos semanais com destino a Curitiba, às quintas, sextas e segundas. Em Foz, dois dos quatro voos já começam a operar em agosto. A informação foi passada pelo diretor institucional da GOL, Claudio Borges.


Cascavel está sendo avaliada pela empresa. Durante a reunião, o vice-presidente da Faciap, Carlos Guedes, que representou a Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC), lembrou que a cidade possui seis das dez maiores cooperativas do país e uma grande movimentação econômica. "Em Cascavel, os voos estão sempre lotados. Há demanda", disse Guedes.


A Faciap tem conversado com companhias aéreas e o governo do estado sobre medidas para aumentar o número de voos no Paraná. Para o presidente da Faciap, Guido Bresolin Junior, o interior hoje representa uma parte muito importante da economia do estado. "Grande parte da geração de renda do Paraná sai do interior, principalmente por conta do agronegócio. Dependemos do transporte aéreo", diz ele. "Quanto mais vias aéreas funcionando, maior o fomento".


O diretor institucional da GOL, Claudio Borges, explicou que a crise levou a empresa a se reestruturar e cortar voos regionais. "A mudança foi importante para ganharmos fôlego. Agora, queremos implantar mais voos. O Paraná é um mercado com muito potencial". Ele afirmou que a aproximação com a Faciap é importante para que haja essa expansão da atuação da companhia no estado. A GOL possui hoje 36% dos assentos ofertados no Paraná.


Voos internacionais


Segundo o diretor institucional da GOL, Claudio Borges, o ICMS que incide sobre o combustível de aviões, que no estado hoje é de 18%, não foi um fator decisivo para diminuição de rotas no estado, porém contribuiu. Com redução no imposto, ele afirma que seria possível operar voos internacionais. "Curitiba poderia ter voos para Montevidéu, Santiago ou Buenos Aires. Mas seria fundamental incentivo do governo, com redução do ICMS. Sem isso, operaríamos no prejuízo", afirma o representante da GOL.


A criação de uma taxa de embarque única e mais barata para os países do Mercoul também foi mencionada na reunião. Hoje, para viajar para locais como Paraguai, Argentina e Chile, a taxa de embarque internacional pode chegar a 20% do valor da passagem aérea.


Foz do Iguaçu


Em Foz do Iguaçu, em 2015, houve um recorde de passageiros no aeroporto da cidade, com mais de 2 milhões de pessoas. Neste ano, com a crise e a redução no número de voos, a queda no movimento foi de 16%. Número considerado preocupante pelo presidente do Conselho de Turismo de Foz de Iguaçu (Comtur), Licério Santos, que também é conselheiro da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI). "É o turista e o homem de negócios que estão deixando de viajar", diz ele. "A notícia que ouvimos hoje do representante da GOL nos deixa muito animados".


Ele também destacou a importância de reunir representantes das macrorregiões do estado para discutir de forma conjunta o problema da falta de voos. "As necessidades de cada macrorregião são as mesmas. Por que não tratar todos juntos?", afirma ele.


Licério Santos também sugeriu, durante a reunião, a criação de um voo entre Foz do Iguaçu e Brasília. O diretor institucional da GOL informou que a ideia será avaliada.


União da Vitória

A presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Centro-Sul do Paraná (Cacesul), Maria Salette de Mello, entregou ao diretor institucional da GOL o projeto elaborado pela entidade para a construção de um aeroporto na região de União Vitória, que tem hoje 325 mil habitantes. "A região é forte nos setores de papel e celulose e esquadrias de madeira, por isso precisa de malha aérea", diz Maria Salette.


Continue lendo