A qualidade e o sabor de inúmeras cervejarias artesanais brasileiras ganharam fama e prestígio internacional. O desafio agora é incluir estas propriedades nos roteiros turísticos do País, a exemplo do que aconteceu com o turismo das vinícolas.
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja no mundo, atrás apenas de Estados Unidos e China. Uma pesquisa realizada em 2013 pelo Ibope mostra que pelo menos 64% dos brasileiros preferem a cerveja na hora de celebrar suas festas e comemorações. O mercado das artesanais ainda está em crescimento no País.
As cervejarias artesanais são montadas, em geral, em estruturas familiares, com a criação e o desenvolvimento de estilos e receitas próprias. O Rio de Janeiro, por exemplo, está investindo no projeto da Rota Cervejeira, um circuito que interliga os produtores de cerveja da região, incluindo as micros e grandes cervejarias, e ainda os bares e pubs que produzem a própria cerveja no local. Os municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Guapimirim também estão integrados a esta rota.
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Recentemente, o ministro do Turismo, Vinicius Lages, esteve em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, visitando as instalações da cervejaria Vila St Gallen, para conhecer o polo cervejeiro da região e o projeto da Rota Cervejeira do Rio de Janeiro.
Os imigrantes alemães são os principais cultivadores da tradição artesanal da cerveja, por isso, várias regiões de colonização germânica no País apresentam fabricação artesanal, em especial, o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A maioria delas respeita a Reinheitsgebot (Lei da Pureza da Cerveja), instituída em 1516 pelo duque Guilherme IV da Baviera, que diz que a cerveja deve ser produzida apenas com água, malte de cevada e lúpulo.
Outras cidades como Belo Horizonte, São Paulo, além de Ribeirão Preto, Manaus, Distrito Federal, e algumas cidades do Espírito Santos também têm produção de cervejas artesanais. De acordo com dados Sistema de Controle de Produção de Bebidas da Receita Federal, a produção no país chega a cerca 13,4 bilhões de litros, embora boa parte delas seja industrializada.
No Rio Grande do Sul, existem pelo menos 30 cervejarias artesanais em cidades como: Cachoeira do Sul (Selva Brasil); Canela (Cervejaria Farol ); Capela de Santana (Barley); Dois Irmãos (Hunsrück e Microcervejaria 3R2); Feliz (Cervejaria Eisenbrück) ; Gramado (Razenbier e Imaculada); Ivoti (Brüderberg Handwerk Bier e Hordeum Vulgare); Nova Petrópolis (Cervejaria Edelbrau); Novo Hamburgo (Loeb`s Bier); Porto Alegre (Tupiniquim, Baldhead Cervejas, Prost Bier e outras ); Santa Cruz do Sul (Becker Dopke Brauerei, Cervejaria Heilige); Santa Maria (Dado Bier); e Teutônia (Coruja).
Em Santa Catarina, o Vale Europeu congrega a maioria das cervejarias: Blumenau (Eisenbahn, Bierland, Wunder Bier); Brusque (Zehn Bier); Gaspar (Das Bier); Pomerode (Schornstein); Timbó (Borck); também em Canoinhas (Loeffler); Treze Tílias (Bierbaum); Jaraguá do Sul (Königs Bier); e Joinville (Opa Bier).
No Paraná, a capital tem a maioria das artesanais: Curitiba (Cervejaria Bodebrown, Gauden Bier, Madalosso, Cruz de Malta, Hop'n Roll, Bier Hoff, Tortmenta, DUM); Araucária (Wensky Bier); Campo Largo (Kleinbier); Palmas (Insana); e Cascavel (Providência, Five Cat's Brewery) Pinhais (Cervejaria Way, Bastard Brewery).
Em São Paulo, algumas opções são: Cervejaria Nacional; Serra de Três Pontas, Eigen Bier, Dortmund, Jupiter e Noturna) Ribeirão Preto (Colorado, Invicta); Piracicaba (Dama Bier, Cerveja Leuven, Cevada Pura); Votorantim (Cervejaria Bamberg, Hoffen); e Indaiatuba (Karavelle).
Em Minas Gerais: Belo Horizonte (Backer, Wälls, Falk Bier, Taberna do Vale, König Artus, 1977); e Nova Lima (Krug Bier, Cerveja Küd, Volga, Capa Preta e Cervejaria Jambreiro).