A procura por remédios do chamado kit Covid, que não têm eficácia contra a doença, mas foram recomendados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na pandemia, explodiu em janeiro nas farmácias diante do avanço da variante ômicron.
O maior salto foi o da ivermectina, vermífugo para sarna e piolho, que atingiu o volume mais alto de vendas desde o pico da pandemia, no ano passado.
O número de unidades comercializadas foi de 1,5 milhão em dezembro para quase 5,5 milhões em janeiro, segundo a consultoria Iqvia, que monitora o varejo farmacêutico. Em março de 2021, haviam sido comercializadas 15,6 milhões de caixas.
Já a cloroquina saiu de 103 mil unidades para cerca de 164 mil na mesma base de comparação. O volume é o maior desde junho, que teve quase 219 mil unidades vendidas, de acordo com a Iqvia.
A demanda pelos medicamentos vinha em trajetória de queda desde o final do primeiro semestre de 2021, mas voltou a subir quando a ômicron chegou ao Brasil, nos últimos meses do ano.