O torcicolo congênito ocorre, na maioria das vezes, por uma retração do músculo esternocleidomastoideo (ECM), principal músculo flexor do pescoço, que faz com que a criança, por limitação dos movimentos cervicais, adquira uma posição viciosa lateralizada da cabeça.
O diagnóstico pode ser feito já nas primeiras semanas de vida pela palpação de uma nodulação ou espessamento no trajeto do músculo, que pode estar mais tenso que o contralateral, ou pela observação da criança, que prefere manter a cabeça rodada sempre para o mesmo lado.
Quanto mais tardio o diagnóstico, maiores repercussões serão observadas, como por exemplo a assimetria craniofacial (um lado da face e do crânio cresce mais do que o outro).
A maioria dos pacientes respondem bem ao tratamento fisioterápico e estimulação dos movimentos. No entanto, se até ao redor do oitavo mês não houver melhora, é indicado o tratamento cirúrgico.
Nisba Volpi - pediatra (Londrina)