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Compreensão

Todo mundo sofre perda de audição com a idade?

Saúde - Folha de Londrina
15 jun 2011 às 18:52

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- Reprodução
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A perda auditiva pode ocorrer com a idade avançada, mas não necessariamente todas as pessoas sofrerão dificuldades com o envelhecer. Com o processo geral de envelhecimento do organismo observamos uma menor diferenciação de células, diminuição de proteínas, alterações químicas, circulatórias e hormonais. No ouvido então, podemos apresentar degeneração de plexos nervosos, de células sensitivas, alterações metabólicas e de circulação interna levando a perdas auditivas de variados graus e de manifestações diversas, às vezes acompanhadas de vertigens ou zumbido.

O envelhecimento cerebral também pode interferir na compreensão, na inteligibilidade da fala. É comum a queixa ''ouço mas não entendo''. Alguns fatores estão relacionados com a maior probabilidade de perda auditiva com a idade, como a genética familiar onde já observamos sinais de perda auditiva a partir dos 40 anos, ou em algumas doenças até mais precocemente. Hábitos como tabagismo, vida estressante e sedentária, exposição crônica ao ruído sem proteção adequada ou orientação no trabalho, contato com agentes químicos tóxicos.

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Algumas doenças sistêmicas interferem como, por exemplo, hipertensão, diabetes, colesterol alto, alguns tipos de reumatismo, doenças cardíacas, doenças pulmonares crônicas, principalmente se não for seguido tratamento adequado e feitas revisões periódicas com o médico para acompanhar evolução.

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É importante que seja feito o diagnóstico de perda auditiva no idoso. Um exame simples de audiometria já demonstra o grau da perda e se ela predomina em agudos ou graves, o que pode implicar na dificuldade maior ou menor em determinados ambientes em que haja competição sonora ou barulhos que podem irritar ou provocar dor no ouvido.


O tratamento varia de acordo com o resultado dos exames e de indivíduo para indivíduo, podendo consistir de orientação, acompanhamento periódico, medicações para melhorar circulação do ouvido, controle de doenças sistêmicas e a prótese auditiva. Em casos raros o implante coclear. Hoje existe uma variedade de modelos de aparelhos auditivos e de seus recursos. Vale a pena salientar a necessidade de revisões periódicas com o otorrinolaringologista no caso do uso de aparelhos auditivos.

Claudia Vaz - otorrinolaringologista (Londrina)


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