Mais comum na infância, o sangramento nasal ocorre em cerca de 30% das crianças menores de 5 anos e em torno de 60% na faixa etária entre 6 a 10 anos. As três causas mais frequentes são cutucar o nariz, o ressecamento da mucosa nasal e corpos estranhos nasais.
Mas há outros motivos que podem levar ao sangramento do nariz, incluindo trauma nasal, rinite, sinusite, resfriados, gripes, pólipos, calor excessivo ou exposição prolongada ao sol, deficiências vitamínicas, baixa de plaquetas (células do sangue importantes na coagulação), medicamentos (uso de anti-inflamatórios como o ácido acetil salicílico e ou derivados), leucemia, tumores, uso de drogas, hormonal, no pós-operatório de cirurgias nasais.
A Dra. Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, alerta que a hipertensão arterial sistêmica pode também estar relacionada com o sangramento nasal, assim como os distúrbios nos fatores de coagulação (hereditários ou não).
As crises costumam aumentar no verão pelo calor excessivo e dilatação dos vasos sanguíneos; e ainda no clima seco e de baixa umidade do ar pelo ressecamento da mucosa nasal. Veja algumas dicas:
- A criança deve ficar sentada ou de pé, com a cabeça levemente inclinada para frente, para não correr o risco de engolir o sangue ou engasgar com o mesmo;
- Pressionar a parte mole do nariz com o dedo polegar e indicador por 10 minutos, caso não resolva;
- Gelo local e se não parar;
- Descongestionante nasal tópico e local.
Tratamento
Caso as dicas citadas acima não estanquem o sangramento, é indicado levar a criança ao pronto atendimento. "O médico tomará as devidas providências para conter o sangramento, que podem incluir tamponamento nasal anterior e ou posterior, em casos extremos ligadura arterial por meio de procedimento cirúrgico, e até mesmo reposição volêmica com soro e ou bolsa de sangue. O especialista otorrinolaringologista deve sempre ser procurado em caso de sangramentos frequentes, recorrentes ou prolongados", explica a especialista.