A íris é a parte do olho que controla a entrada de luz que chega até a retina, que é onde se forma a imagem. A entrada da luz se dá pela pupila, que é uma área virtual por onde a luz penetra olho. Em uma analogia com a câmera fotográfica, a íris seria o diafragma que controla a exposição de luz do filme.
A íris é composta de vasos, fibroblastos, pigmentos, músculo e células pigmentares. A coloração da íris é determinada pela quantidade de melanina, assim os olhos de cor clara têm menos pigmentos, e os de cor escura, mais pigmentos. A cor dos olhos clara é determinada por um gene recessivo, e a escura por um gene dominante.
Existem músculos que promovem a dilatação e o fechamento das pupilas; estes músculos são estimulados pelos sistemas simpático e parassimpático do organismo. Drogas, remédios, emoções e venenos podem alterar a dilatação da pupila.
A íris, como toda parte do organismo, está sujeita a inflamações, anomalias e tumores, que podem se manifestar por meio de manchas ou deformações. A inflamação da íris se chama uveíte anterior, e pode estar associada a doenças sistêmicas, como a artrite reumatóide. Tumorações podem também afetar a íris. Os tumores mais comuns são os nevus, que são benignos. Os melanomas, que são malignos, são relativamente raros.
Existe uma ciência alternativa que se chama iridologia e trata da análise de pigmentos e alterações na musculatura da íris, correlacionando-os a doenças do corpo humano. Segundo esta ciência, a íris seria um retrato da saúde do corpo humano, e que de acordo com a localização de manchas na mesma, algum órgão estaria doente ou predisposto à doença. Os tratamentos propostos são baseados em terapias naturais. Na realidade, a iridologia não tem base científica e a oftalmologia não pratica esta ciência.
Marcelo Casella, oftalmologista