A melhor qualidade respiratória ocorre quando realizamos a respiração nasal, pois somente as cavidades nasais possuem condições para umidificar, aquecer e filtrar o ar para chegar aos pulmões em temperatura ideal, favorecendo a oxigenação.
Caso a respiração aconteça pela boca podem acontecer alguns problemas:
- alterações faciais como narinas pouco desenvolvidas, assimetrias faciais e hipertrofia de gengiva;
- alteração postural corporal. Para facilitar a respiração bucal, a criança projeta a cabeça para frente e estica o pescoço, mudando a postura da coluna cervical;
- doenças respiratórias;
- problemas bucais relacionados a cáries, mau hálito e má oclusão;
- olheiras pelas noites mal dormidas;
- apneia do sono ainda na infância;
- falta de concentração;
- baixo rendimento escolar;
- irritação pelo cansaço;
- desinteresse nas atividades que exigem esforço físico, pois cansam facilmente;
- dores de cabeça;
É necessário que a criança respiradora bucal inicie uma avaliação com um otorrinolaringologista, para diagnosticar a causa da obstrução nasal e posteriormente iniciar um tratamento, que poderá ser cirúrgico, medicamentoso ortodôntico e/ou simplesmente por exercícios respiratórios e orofaciais. Uma equipe multidisciplinar com médico, fonoaudiólogo e ortodontista se faz necessário para acompanhar o tratamento.
Uma respiração nasal adequada é indispensável para um bom desenvolvimento físico, emocional e cognitivo da criança.
Ana Paula Akaishi Santana - fonoaudióloga (Londrina)