Muito se fala na cirurgia para a redução do estômago como medida eficaz para combater a obesidade mórbida. Mas para determinadas pessoas nem mesmo a intervenção cirúrgica resolve o problema. Por que isso acontece?
A cirurgia como tratamento precisa de uma disciplina muito grande por parte do paciente, pois o sucesso da mesma depende de mudanças de hábitos inadequados tais como alimentação em excesso ou restrição, qualidade dos alimentos, horários das refeições, sedentarismo, entre outros.
Na maioria dos casos, os pacientes que se submetem a este tipo de cirurgia são compulsivos ou depressivos, dificultando as mudanças de hábitos. Outros indivíduos vivem em ambientes que não favorecem estas mudanças.
Por isso, o paciente deve ser avaliado pelo médico cirurgião para verificar suas condições clínicas para a cirurgia, pelo nutricionista, que fará uma avaliação dos hábitos alimentares e da disciplina da pessoa em relação aos horários da alimentação, e pela psicóloga, responsável pela avaliação das condições emocionais e psicológicas para uma possível mudança.
O paciente que segue todas as exigências da equipe não terá problemas com a cirurgia. No entanto, aquele que acredita que depois do processo cirúrgico vai conseguir sanar todos os problemas anteriores, mesmo mantendo o mesmo estilo de vida, este, certamente, nem mesmo a cirurgia pode resolver o problema da obesidade.
Eliane Keily S. Garcia, nutricionista