A indicação da retirada de amígdalas, como toda cirurgia, vai depender de uma avaliação minuciosa do paciente do ponto de vista otorrinolaringológico, do ponto de vista anestésico e do risco cirúrgico geral (imunidade, coagulação, cardiopatias, doenças respiratórias, entre outros fatores).
Em geral, as amígdalas são retiradas nos casos de apnéia obstrutiva do sono, ou roncos, ou respiração bucal, quando fica comprovada por exame clínico, endoscópico ou radiológico sua participação no processo obstrutivo.
Também realiza-se a exérese (remoção por cirurgia) das amígdalas exageradamente aumentadas que dificultam a alimentação (engasgos, dificuldade para engolir sólidos, dificuldades respiratórias), quando pelos exames suspeita-se de malignidade, em casos de abscessos recorrentes da mesma, para amígdalas que sangram facilmente em infecções (amigdalites).
Nos casos de infecções recorrentes está indicada a cirurgia de amígdalas após avaliação e tratamento de outras causas prováveis associadas como rinites, refluxo gastroesofágico, anemia, entre outras causas, ou em casos de suspeita de foco primário de infecções a distância.
A halitose (mau hálito) pode decorrer de amígdalas hipertróficas ou de restos alimentares que se acumulam nas mesmas, podendo, em alguns casos, justificar uma indicação cirúrgica.
Então podemos concluir dizendo que as indicações cirúrgicas existem de uma forma geral, mas como cada caso deve ser avaliado individualmente, cada paciente reage de forma particular, cada um tem sua história, tolerância à dor e às infecções, patologias associadas próprias e familiares que podem justificar ou impedir uma cirurgia.
O importante é procurar um médico de sua confiança e realizar os exames solicitados, comparecendo às consultas de avaliação e ao acompanhamento corretamente. No caso de cirurgia, é preciso seguir criteriosamente os cuidados pós-operatórios, pois assim reduzem-se os riscos e isso poderá beneficiar a saúde do paciente por meio de uma cirurgia bem indicada.
Claudia R. S. Vaz, otorrinolaringologista