As tatuagens perpetuam na pele um momento especial, um amor e até uma convicção política. Mas o tempo passa, a vida muda e elas podem perder o significado, tornando-se indesejáveis. Há alguns anos a saída era apenas a retirada cirúrgica ou a dermoabrasão (lixamento da pele sob anestesia). Como em qualquer cirurgia há o problema de infecções, e em locais como ombros e tórax podem se tornar inestéticas, com cicatrizes.
Hoje é possível apagar tatuagens sem deixar as cicatrizes do passado, usando o laser. O tratamento é feito em várias sessões, porém é caro e demorado. A tinta negra é a cor mais usada, seguida da azul, verde e vermelha, amarela e laranja.
O tratamento é bem suportado. Para atenuar o incômodo das aplicações, pode ser usado creme anestésico. Mas muitas vezes não é possível remover toda a tatuagem, pois pigmentos mais profundos persistem deixando uma sombra do que foi a tatuagem. Com a remoção completa, a pele tratada fica mais clara do que a pele ao redor, como uma mancha esbranquiçada, que pode ser transitória ou não. Hiperpigmentação também pode acontecer, deixando a pele mais escura que a pele não tratada.
Dicas
- 50% das pessoas que fazem tatuagem desejam removê-la em algum momento da vida;
- Indivíduos tatuados podem não ser bem recebidos por algumas pessoas e empresas, que podem enxergar os tatuados como imaturos ou anti-sociais;
- A remoção é um tratamento difícil, caro e demorado;
- Procure sempre profissionais capacitados e conheça o seu trabalho antes de se tatuar; verifique se o estabelecimento tem aprovação da vigilância sanitária e alvará;
- Comece com uma tatuagem pequena, com pigmentos preto e azul escuro (mais fáceis de remoção). Evite tatuagens multicoloridas, pois são as de mais difícil remoção;
- Escolha um local de visualização restrita, que seja fácil de ser escondido pela roupa.
Walter Campos, dermatologista