Muitas crianças, jovens e adultos sofrem do Transtorno de Déficit de Atenção e Concentração com ou sem Hiperatividade (TDHA). Calcula-se que 5% da população mundial sofra deste transtorno.
Sua origem é neurológica e hereditária, e pode acometer as áreas de aprendizagem, emocional e social. Os homens são mais frequentemente afetados do que as mulheres. Ficam em sofrimento porque sentem uma inquietude profunda, o que os leva a receber muitas críticas pelos seus comportamentos tais como agitação, impulsividade, desorganização, não terminar o que iniciam, tendo baixo rendimento escolar e/ou profissional.
É necessário dizer que estes comportamentos são involuntários. Mesmo que façam esforços para modificar e melhorar suas atitudes, não conseguem, se não estiverem sendo assistidos num processo terapêutico.
Traçar um diagnóstico e fazer a intervenção terapêutica é trabalho para uma equipe multidisciplinar: neurologista e/ou psiquiatra (avaliação e medicação), psicopedagoga (avaliação e atendimento da área da aprendizagem) e psicólogo (responsável pelo emocional).
O tratamento consiste geralmente de terapia medicamentosa, psicopedagógica e psicológica, se necessário.
Antes de procurar a equipe de especialistas, observe se a pessoa apresenta pelo menos oito dos comportamentos descritos a seguir. Os mesmos devem fazer parte da história de vida antes dos sete anos de idade.
1 - Quando o bebê tem sono agitado;
2 - Não consegue ficar sentado por muito tempo;
3 - Agita as mãos e os pés ou se contorce quando sentado;
4 - Parece não ouvir quando se está falando;
5 - Não consegue terminar suas tarefas;
6 - Tem dificuldades em seguir regras e esperar sua vez no grupo;
7 - Não lê as perguntas antes de respondê-las;
8 - Não consegue brincar sozinho;
9 - Perde os instrumentos para realizar a tarefa;
10 - Tem dificuldades em perder nos jogos;
11 - Não consegue pensar a longo prazo;
12 - Não mantém amizades por muito tempo;
13 - Envolve-se com o perigo, sem avaliar os riscos;
14 - Fala excessivamente, caso seja hiperativo. Não sendo, mostra-se retraído e isolado socialmente.
É importante ressaltar que há pessoas que têm questões a serem trabalhadas relativas à atenção e concentração, mas não são portadores do TDHA.
Rachelina Prato de Assis, psicopedagoga e psicomotricista