O tema ''fumante passivo'' está muito presente nos dias atuais, seja pelas novas descobertas acerca deste tema, seja pela polêmica que envolve os fumantes, que sentem-se cada vez mais discriminados.
Mas, realmente, existem inúmeros malefícios para a pessoa que convive constantemente com a fumaça do cigarro, e entre as principais estão: crises de tosse, rinite e asma em pessoas mais sensíveis. O mau cheiro da fumaça de cigarro também é um grande inconveniente, que é facilmente perceptível para quem não fuma.
Estudos recentes têm vinculado o tabagismo passivo com o aumento de incidência de câncer nas mais variadas áreas. Para se ter uma idéia da magnitude do problema, estima-se que se existir uma pessoa fumante em um ambiente fechado, de cerca de 20 metros quadrados, esta polui o ambiente o equivalente a um motor a diesel, dos mais modernos em funcionamento.
A intensidade de exposição do fumante passivo depende também do tempo de convívio com a fumaça do cigarro, da área do ambiente e se existe ou não mecanismos de exaustão e ventilação adequados. Mas em um ambiente comum, um quarto de casal, por exemplo, a cada quatro cigarros que um fumante consome, a fumaça equivalente a um cigarro é consumida pelo fumante passivo, sem o filtro.
Sem dúvida, todas as pessoas são prejudicadas pelo fumante passivo, mas as crianças, principalmente, são as mais atingidas, sendo as crises alérgicas respiratórias, bronquiolites e pneumonias de repetição as principais consequências para elas.
Atualmente, medidas eficazes estão sendo implantadas pelo governo para delimitar o uso do tabaco em áreas isoladas, e muitos fumantes entendem isso como uma segregação, mas na verdade, face à luz da ciência atual, nada mais é do que proteger o direito da maioria que não fuma de respirar um ar menos contaminado e de ter uma vida mais saudável.
Guilherme Pessoa Fazolo, pneumologista