Os Estados Unidos registram altas taxas de incontinência urinária entre as mulheres. São estimados 12 milhões de casos em 2013. No Brasil, embora não haja estatística definida, sabe-se que muitas mulheres sofrem com este problema.
"Muitas mulheres sofrem caladas", afirma a uroginecologista Daniela Busato, com experiência de mais de 10 anos atuando na área. "A maioria só chega ao consultório quando a doença está num estágio insuportável. Algumas, realmente, por sentir vergonha do problema, mas a maior parte por falta de informação", completa a médica.
Nas mulheres, a incontinência urinária está relacionada com o histórico familiar, esforço físico ao longo da vida e número de gestações, entre outros fatores. "Este problema não acomete apenas mulheres que tiveram parto normal. Dependendo do histórico de vida, da genética, o simples ato de gestar já contribui para o aparecimento da doença", explica.
Segundo a especialista, trabalhos evidenciam que o índice de recidiva da incontinência urinária por esforço aumenta nos casos de cirurgia sem próteses. A prótese que possibilita a eliminação do problema em um procedimento cirúrgico é relativamente simples segundo a médica.
"A prótese é uma excelente opção para o tratamento da doença. E os casos de dor no pós-operatório são raros. Eu mantenho a paciente um dia no hospital apenas por segurança", informa.