Diante do grande número de dados que comprovam os diversos benefícios do exercício físico para melhorar e regular a saúde de pessoas portadoras de cardiopatias, os exercícios de fortalecimento muscular passaram a fazer parte da rotina dos programas de prevenção e reabilitação cardíaca.
Mais conhecidos como exercícios de musculação, estas atividades têm se mostrado seguras e eficientes em coronariopatas e hipertensos, desempenhando papel fundamental contra o excesso de peso, diabetes, perda de força muscular e diminuição da massa óssea decorrentes do envelhecimento.
Estudos apontam, por exemplo, que para pessoas com hipertensão (pressão alta), os exercícios de fortalecimento muscular tendem a reduzir a pressão arterial e o colesterol ruim (LDL) e aumentar o colesterol bom (HDL). Sem contar que são extremamente eficientes e importantes nas atividades de vida diária como levantar do chão, do sofá, carregar bolsas, sacolas e crianças, proporcionando mais qualidade de vida.
É evidente que, apesar dos diversos benefícios citados aqui, não se deve sair por aí executando flexões de braço ou agachamentos, pois um erro freqüente é imaginar que pesos leves são mais seguros. Com isso, muita gente pode acabar realizando um grande número de repetições, acarretando aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos.
Trata-se de um trabalho que requer orientação profissional nas técnicas a serem aplicadas, principalmente nos cardiopatas, para que se busque mobilizar os principais grupos musculares, com intensidade capaz de promover os benefícios acima citados, evitando desta forma técnicas incorretas que gerariam algum risco. A orientação é necessária não só no que diz respeito ao tipo de exercício, mas também na forma de execução, priorizando a saúde física e auxiliando na prevenção e reabilitação cardiovascular.
Edgar Cintra, personal trainer