O suor e a transpiração fazem parte de um mecanismo importante de controle da temperatura do nosso corpo. Sua quantidade depende de inúmeros fatores, tais como temperatura do ambiente, grau de atividade física, nossas emoções no momento, entre inúmeros outros.
Outras condições médicas que podem interferir são doenças metabólicas, obesidade, menopausa, infecções e outros.
Quando se transpira mais do que o necessário para a manutenção da temperatura corpórea, usa-se o termo médico ''hiperidrose''. A hiperidrose pode ser localizada ou então generalizada.
Quando é localizada, também chamada de focal, acomete mais comumente as axilas (mais da metade dos casos), as mãos, a face e os pés. Sabe-se que é uma condição relativamente comum - estimativas norte-americanas falam em quase 3% da população, o que daria, em uma cidade como Londrina, em mais de 15 mil pessoas com este distúrbio.
Embora, na enorme maioria das vezes, a hiperidrose não seja uma condição grave, ela pode atrapalhar a vida social e profissional da pessoa, causando desconforto e constrangimento, interferindo na qualidade de vida geral.
Não existe uma forma absoluta de tratamento. As opções devem ser individualizadas por um médico especialista, pois elas podem ser diferentes para cada pessoa.
Pessoas com hiperidrose generalizada devem procurar e tratar o fator causal, como os citados no início.
Já os casos localizados podem ser tratados de forma paliativa, tentando apenas controlar o problema, como desodorantes especiais ou até injeções de botox. Outra alternativa é o tratamento cirúrgico, definitivo, que promete resolver a maior parte dos casos que acometem mãos e pés, principalmente.
Guilherme Figueiredo Marquezine, endocrinologista