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Epiderme

Por que o tratamento com ácidos impede exposição ao sol?

Saúde - Folha de Londrina
14 mar 2011 às 15:36

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- Reprodução
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É muito comum, mesmo para quem não tem formação médica, o conhecimento de que a pele que está em tratamento com ácidos ou esfoliantes não deve ser exposta ao sol. Porém, boa parte da população não entende porque essa situação merece maior cuidado e atenção de médicos e pacientes.

Normalmente, a pele se renova em sua camada mais externa a cada 28 dias. Isto ocorre porque essa região, conhecida como epiderme, é capaz de produzir constantemente novas células e efetua a troca de todas as suas células nesse período de tempo.

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Quando um paciente está sendo tratado com ácidos de uso domiciliar (ácido retinóico, ácido glicólico, entre outros), sua pele fica inicialmente mais fina. Os ácidos provocam uma irritação inicial que terá o propósito de melhorar a pele como um todo. Entre outras coisas, aceleram o tempo de renovação das células da epiderme, que descamam com maior facilidade e em menor espaço de tempo. Essa pele, mais fina por si só, sofre mais quando exposta ao sol.

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Outro ponto importante sobre os ácidos citados é que eles são fotossensibilizantes, ou seja, deixam a pele mais sensível quando exposta ao sol e às radiações ultravioleta. Esse ponto passa a ter importância, uma vez que, acaba definindo maior tendência a desconforto, queimaduras ou manchas para quem está fazendo uso destes produtos.

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Os pacientes que, além do uso domiciliar estão em tratamento com peelings ácidos, correm um risco maior. Isso porque semanalmente, quando o peeling é feito, a pele fica ainda mais fina e sensível. Está claro então que a exposição ao sol nesses casos é completamente contraindicada.


Ainda assim há pessoas que usam ácidos e se expõem ao sol sem problemas. Isso é possível desde que o paciente e o médico tenham confiança um no outro. Se o paciente segue rigorosamente o que o médico orienta e o profissional tem bom senso em definir um tratamento com baixíssimo risco para o paciente, normalmente tudo poderá correr de forma segura.


Doses reduzidas de ácidos passam a ser utilizadas nas estações mais quentes do ano, assim como poderá haver a sugestão, por parte do médico, de que o paciente não use esses produtos alguns dias antes do sol. É sugerido ainda que o paciente aplique, com reaplicações a cada 2 horas, filtros solares de elevado índice de proteção.

Ademir Júnior - Dermatologista (São Paulo)


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