Os cabelos e pêlos desempenham um papel importante na estética humana, pois expressam características e desejos pessoais, sociais, profissionais e de comportamento da pessoa, antes mesmo que qualquer palavra seja dita. Alguns grupos identificam-se entre si por meio de adornos ou de um corte de cabelo específico.
A queda de cabelo é uma queixa comum em nosso dia-a-dia e pode decorrer de uma grande variedade de causas. Uma das mais comuns é a alopecia androgenética, popularmente conhecida com calvície. Porém, vários fatores podem interferir na formação do pêlo, em sua queda ou em ambos. Fatores genéticos, hormonais, nutricionais e de metabolismo, ambientais, infecções (micoses) e algumas doenças podem levar a um aspecto final de diminuição dos fios.
A calvície aparece, em algum grau, em pelo menos 50% dos homens aos 50 anos de idade, e mais raramente pode atingir as mulheres. Devido a fatores genéticos existe uma diminuição na produção do fio de cabelo, levando ao aspecto final de rarefação capilar na calva. Infelizmente, ainda não há um tratamento definitivo. Contudo, já há tratamentos que reduzem e, em alguns casos, revertem a diminuição dos fios.
Regimes nutricionais sem acompanhamento adequado, estresse intenso e alterações metabólicas também contribuem para a queda dos cabelos que, nesses casos, assumem um aspecto diferente da calvície.
Micoses, mais comuns em crianças, também podem causar queda de cabelo. Normalmente, existe a presença de descamação associada às áreas de queda.
Lupus, anemias, sífilis, doenças da tireóide, quadros infecciosos e psoríase são algumas das doenças que normalmente estão associadas a quadros de queda de cabelo.
De modo geral, qualquer doença ou alteração que afete nosso organismo, além das doenças próprias do fio capilar, podem apresentar quadros associados de queda de cabelo. Somente um diagnóstico preciso do tipo de queda pode definir qual a melhor opção terapêutica.
Ricardo Pasello, dermatologista