O ronco é um ruído contínuo, de intensidade variável, que pode ocorrer durante o sono, devido a vibração dos tecidos moles da orofaringe (palato mole, úvula,tonsilas, pilares,base de língua e mucosa de faringe) toda vez em que o ar entra em nosso organismo. Pode ocorrer em qualquer idade e fatores como obesidade, fumo e alcoolismo tendem a intensificá-lo. É um distúrbio sério principalmente quando é interrompido por uma parada respiratória, chamada de apnéia obstrutiva do sono (AOS), em que ocorre um silêncio e logo em seguida uma expiração brusca com leve despertar, fragmentando o sono e prejudicando a qualidade de vida do indivíduo.
A AOS é considerada síndrome quando associada a sonolência excessiva diurna, doença cardiovascular e ronco, bem como cansaço excessivo, irritabilidade, dor de cabeça matinal, diminuição da libido, depressão, alterações respiratórias, hipertensão arterial sistêmica e deficits de memória e atenção. Sendo um problema médico-social, não raro gera conflitos entre o acompanhante do mesmo quarto.
Para seu melhor diagnóstico faz-se necessário uma avaliação clínica médica e a realização do Exame de Polissonografia, em que o sono será monitorado por uma noite, chegando-se à classificação do problema: ronco, apnéia leve, moderada ou grave.
A partir desta classificação direciona-se quais tratamentos clínicos serão necessários realizar: aparelho intraoral para reposiconar língua e mandíbula, uso do CPAP (aparelho de pressão aérea positiva contínua), cirurgia na via aérea superior, terapia fonoaudiológica e mudanças comportamentais.
Moisés Pereira Júnior - fonoaudiólogo (Londrina)