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A automedicação é uma prática comum em nosso país, mas é preciso alertar e lembrar de que esta é uma prática que pode trazer sérios riscos à saúde da população. Muitas vezes, as pessoas consideram que os seus sintomas são semelhantes aos dos amigos, fazendo uso de medicações sem indicação médica, o que caracteriza a automedicação.
O uso de colírios serve para aliviar muitos sintomas oculares externos, como dilatação de vasos, irritação, vermelhidão, infecções ou processos inflamatórios, que podem ter ocorrido em função de conjuntivite, esclerite, pterígio, alergias, uveítes, irites, glaucoma, toxoplasmose ocular, olho seco, pós-operatório de cirurgias oculares etc.
Pela grande diversidade de causas, com sintomas que muitas vezes são semelhantes, mas que necessitam de condutas diferentes, é importante dizer que a automedicação pode levar a erros, com consequências sérias.
O uso crônico e indiscriminado de colírios, sem orientação médica, pode levar a sérias lesões oculares, como a perda de sensibilidade corneana, o aparecimento de opacidades corneanas, a formação de catarata e o desenvolvimento de glaucoma.
Além disso, um outro aspecto que deve ser cuidadosamente observado é com relação à data de validade, local e temperatura de armazenamento, tempo de descarte após aberto e contaminação. Esses aspectos devem ser observados seguindo-se rigidamente as orientações do fabricante, para que fique assegurada a eficácia do medicamento.
Um alerta importante é que, em algumas situações, os pacientes que fazem uso de colírios sem indicação médica podem ter o seu quadro ocular piorado ou causar lesões irreversíveis aos olhos.
Deve-se lembrar de que o uso seguro e correto de colírios é sempre acompanhado de orientação médica oftalmológica, por meio da qual é feito o diagnóstico correto e a indicação da melhor forma de tratamento.
Francisco Eugênio Campiolo, oftalmologista