O gergelim (Sesamum indicum L.) foi introduzido no Brasil pelos portugueses no século 16. É plantado tradicionalmente na região Nordeste para consumo local, e vem sendo explorado comercialmente no Centro-Oeste e no Sudeste, especialmente no Estado de São Paulo, há mais de 60 anos, para atender ao segmento agroindustrial de óleos e alimentos in natura.
A semente é importante fonte de óleo comestível e largamente usada como tempero. Constitui-se em uma rica fonte de alimentos por apresentar teor de óleo variando de 46% a 56%, de excelente qualidade nutricional, medicinal e cosmética.
O óleo é rico em ácidos graxos insaturados, como oléico (47%) e linoléico (41%), e apresenta vários constituintes secundários que são importantíssimos na definição de suas propriedades químicas, como o sesamol, a sesamina e a sesamolina. O sesamol, com suas propriedades antioxidantes, confere ao óleo elevada estabilidade química, evitando a rancificação, sendo o de maior resistência à oxidação entre os demais óleos de origem vegetal.
Na dermatologia estética muito se tem falado no seu emprego, porém sem comprovação científica para atenuar a seborréia intensa e a calvície androgenética. O seu uso apresenta pouco resultado, a não ser para aqueles casos resultantes de uma melhor higienização após o uso do óleo de gergelim e sua posterior limpeza.
Walter Campos, dermatologista