O forno de microondas surgiu na década de 40, a partir da tecnologia utilizada em radares durante a 2 Guerra Mundial, que usava as microondas para reconhecer as tropas inimigas em virtude da sua capacidade de refletir em superfícies metálicas. O equipamento surgiu como uma inovação tecnológica nas cozinhas, promovendo rapidez na elaboração de preparações.
Mas como qualquer tecnologia, seu uso gera controvérsias. Enquanto algumas pesquisas apontam que o uso de microondas gera diversos problemas à saúde e aos alimentos, outras pesquisas citam várias vantagens do uso deste equipamento em relação ao forno elétrico e ao convencional.
Entre as vantagens está a de não alterar o valor nutritivo dos alimentos e ainda de preservar parte das vitaminas e minerais dos mesmos, pois quase não exige água para o cozimento dos alimentos, uma vez que a cocção se dá por vibração molecular, ou seja, as microondas penetram superficialmente nos alimentos (2 a 4 cm), fazendo vibrar as moléculas de água, gordura e açúcar, aquecendo-as. Assim, o calor é transmitido para as moléculas mais profundas por condução.
O tipo de energia utilizada é a radiante, uma forma de radiação eletromagnética cujo efeito é estritamente térmico, não alterando a estrutura molecular do alimento que está sendo cozido.
O perigo consiste no vazamento da radiação das microondas, que pode causar danos à saúde humana. No entanto, não se sabe qual é o nível de exposição considerado seguro. Alguns laboratórios consideram que a exposição à radiação, mesmo em baixos níveis, pode ter efeito cumulativo nos olhos, elevando as chances do surgimento de catarata. Além disso citam uma possível relação com o câncer.
Para um melhor aproveitamento do seu aparelho, é importante que as recomendações dos fabricantes quanto à instalação e o uso correto sejam seguidas rigorosamente.
Marilsa Suemy Sakamoto Santini, nutricionista