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Cuidado

O uso de tranquilizantes para dormir oferece riscos?

Sua Saúde - Folha de Londrina
04 nov 2010 às 18:41

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- Reprodução
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Os medicamentos tranquilizantes são utilizados em larga escala em todo o mundo diariamente. Atualmente têm sido chamados de ansiolíticos por provocarem a ''lise'' ou ''quebra'' da ansiedade. Podem também ser chamados de hipnóticos quando induzem ao sono. Por proporcionarem uma sensação de bem-estar, livre de tensões e ansiedade, são muitas vezes mal utilizados, de forma abusiva, pelas pessoas. Mais uma vez, a sociedade moderna, fonte contínua de ansiedade, é uma das principais responsáveis pelo fantástico incremento no uso destes tipos de medicações.

Os transtornos de ansiedade, entre eles o pânico, são crescentes e estão bastante relacionados às cobranças, pressões, competitividade, violência, enfim, o estresse do dia-a-dia.

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Naturalmente, seria de se esperar que aumentasse o consumo destes remédios, mas o problema é que a maior parte destes calmantes são do grupo dos benzodiazepínicos, substâncias que podem provocar dependência química quando usadas de forma abusiva. Por isso, há uma faixa preta na caixa como maneira de alertar para este fato.

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Desta forma é muito comum que as pessoas consigam as medicações clandestinamente, já que têm venda controlada, e passem a usar de forma exagerada em doses cada vez maiores. Com isso pode-se desenvolver quadros de intoxicação, depressão, cansaço, perda de energia, déficit de memória e concentração, desinteresse, tolerância e síndrome de abstinência.


Como são depressores do Sistema Nervoso Central é frequente o desenvolvimento de quadros depressivos e também de tentativas de suicídio, como resultado do uso destes psicotrópicos. Quando utilizados com indicação e supervisão de profissionais da área, estas medicações podem e devem auxiliar no tratamento, o que normalmente ocorre nas fases agudas e nas crises de um transtorno em curso. Em seguida é retirada a medicação de forma gradual e lenta para evitar os sintomas de abstinência.

Luiz Paulo Garcia, psiquiatra


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