A fome oculta é determinada quando se identifica carência de nutrientes essenciais em um organismo, mesmo ele estando com excesso de peso. Ela não faz distinção de classe social, renda ou grau de escolaridade. Qualquer um pode ser atingido pelos problemas relacionados à fome oculta.
Em geral, é lenta e silenciosa e não apresenta sintomas aparentes a curto prazo. Entretanto, a médio e longo prazos aumentam os riscos para desenvolver doenças como osteoporose, câncer, diabetes, problemas cardiovasculares, hipertensão e envelhecimento precoce.
Podemos realizar refeições com adequado valor calórico, mas se não escolhermos alimentos variados e nutritivos, nosso corpo sentirá ''fome'' de nutrientes essenciais ao equilíbrio e melhor funcionamento do metabolismo. Além dos macronutrientes presentes nos alimentos (carboidratos, gorduras e proteínas), necessitamos também de micronutrientes (vitaminas e sais minerais) que participam de várias reações químicas em nosso organismo.
Se esses micronutrientes não estiverem sendo oferecidos diariamente em quantidades adequadas através da alimentação, nosso organismo não trabalhará de forma eficiente e as reações químicas que nosso corpo precisa realizar ficarão comprometidas.
A prevenção da fome oculta deve ser através da introdução de uma alimentação diversificada, equilibrada por uma nutricionista ou nutrólogo de acordo com o biótipo e histórico do paciente. Deve ser rica em temperos naturais, leguminosas, legumes, vegetais, oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas), cereais e alimentos integrais, sementes (girassol, gergelim, linhaça), frutas, além de carboidratos, proteínas.
Gisele Guarino Centenaro - nutricionista