Anosmia é um sintoma caracterizado pela perda da capacidade de identificar ou perceber os odores. Em resumo: é a perda do olfato.
Alterações de olfato acometem até 1% da população abaixo de 60 anos, mas atinge quase metade da população acima desta faixa etária. O sentido da olfação é importante não apenas para a diferenciação de odores, mas também como mecanismo de alerta para situações de risco como vazamentos de gás, fumaça e na identificação de alimentos estragados. Além disso, até 80% da apreciação do sabor está relacionado à olfação
Para que possamos sentir o cheiro é necessário que as partículas responsáveis pelo odor atinjam a região olfatória situada na porção superior da cavidade nasal. Nesta região situam-se receptores neurais que transmitem a informação para o cérebro.
Qualquer fator que impeça a chegada destas partículas na região olfatória ou cause lesão nos receptores neurais pode resultar em perda da olfação (anosmia). É o que ocorre, por exemplo, durante uma infecção viral (gripe).
Dentre as possíveis causas de anosmia podemos encontrar desde as mais comuns como as doenças nasais e sinusais que são responsáveis por até 2/3 dos casos (rinites, sinusites, desvios de septo nasal, pólipos), até causas mais raras como pós-traumatismo craniano, doenças degenerativas (Alzheimer), congênitas e até mesmo tumores.
O diagnóstico preciso depende de uma investigação criteriosa tanto da história (tempo de início da anosmia, associação com outros sintomas, queixas alérgicas, antecedentes de traumatismos nasais, faciais ou cranianos) quanto do exame físico. É fundamental a avaliação pelo especialista que dispõe de meios para o exame da cavidade nasal e da área olfatória. O sucesso do tratamento depende da causa da anosmia.
Daniel Yendo Inada - otorrinolaringologista