A fotofobia pode ser definida como sensibilidade excessiva à luz, que leva a um desconforto nos olhos. Pode ocorrer nas pessoas em diferentes graus de intensidade e também vir acompanhada de vermelhidão e lacrimejamento.
Pode ser sinal de inflamações dentro ou fora do globo ocular, assim, muitas vezes é o sintoma de alguma doença ocular, sendo as mais comuns a catarata, glaucoma, ceratite, conjuntivite, uveítes etc. Pode também ser causada pelo uso de algumas drogas como anfetaminas, cocaína escopolamina, atropina, tropicamida e outras.
Os quadros gripais podem vir acompanhados de fotofobia e geralmente são decorrentes do comprometimento dos olhos pelo mesmo vírus da gripe. Em alguns casos, a fotofobia pode comprometer somente um dos olhos. Neste caso, é geralmente associada a uma lesão na íris (que dá a cor aos olhos). As lesões mais freqüentes na íris estão relacionadas ao trauma em acidentes e lesões faciais diversas.
A fotofobia ocorre também em olhos saudáveis, mas nesses casos é comum ocorrer sem vermelhidão ou lacrimejamento. Um dos fatores mais determinantes da intensidade da fotofobia é o tamanho da pupila. Quanto menor a pupila, menor a chance da pessoa ter fotofobia. Assim, uma alternativa possível é tentar controlar a quantidade de luz que entra pela pupila. Para isso, as estratégias mais usadas são o uso de óculos com lentes escuras em ambientes externos e internos, sempre que possível.
No caso das lentes escuras para ambientes externos, é muito importante que tenham filtro UV de boa qualidade. É importante lembrar que os casos de fotofobia devem sempre ser avaliados e acompanhados por um oftalmologista, uma vez que, como foi dito acima, ela pode indicar a presença de doenças oculares.
Francisco Eugênio Campiolo, oftalmologista