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Mitos e verdades sobre o câncer de intestino

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
25 jan 2017 às 17:22

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- Reprodução/Pixabay
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No Brasil, o câncer está entre as doenças mais fatais, atrás apenas das cardiovasculares. No Dia Mundial do Câncer, celebrado no dia 4 de fevereiro, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia alerta para a importância da prevenção e detecção precoce, principalmente a busca dos pólipos, que são pequenas lesões no intestino que darão origem à maioria dos cânceres do intestino grosso e reto, um dos mais comuns.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) preveem 34 mil casos de câncer do cólon e reto (16.660 em homens e de 17.620 em mulheres) para o biênio 2016/2017. "Excluindo-se o câncer de pele não melanoma, o do intestino grosso e reto está entre os três tipos mais incidentes. Na mulher, só é suplantado pelo câncer da mama. Mas, quando detectado no início ou principalmente na sua fase pré-maligna, apresenta índices de cura altos", ressalta a presidente da SBCP, Dra. Maria Cristina Sartor.

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Constipação intestinal pode ser sinal de câncer no intestino. Verdade

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Todo indivíduo que passa a ter constipação súbita, sem fator predisponente claro (mudança do hábito alimentar, por exemplo), deve procurar um coloproctologista, principalmente se a pessoa tiver mais de 50 anos de idade e casos de câncer colorretal na família. Isso também vale para a diarreia prolongada, distensão abdominal prolongada e de início repentino e sangramento pelo ânus.

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Câncer do intestino não tem cura. Mito


Quando descoberta em estágios iniciais, a doença possui altas chances de cura. A recomendação é seguir dieta balanceada e vigiar o intestino, principalmente com a ajuda da colonoscopia, a partir dos 50 anos. Quem tem parentes de primeiro grau que tiveram a doença, especialmente com menos de 50 anos, deve começar a busca antes.

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Quando não há casos de câncer colorretal na família, a colonoscopia deve ser realizada a partir dos 50 anos. Verdade


Indivíduos sem nenhum sintoma abdominal ou intestinal, mas que façam parte de grupos de risco (com parentes de primeiro grau com câncer intestinal ou pólipos, inflamações crônicas no intestino e história pessoal de câncer colorretal ou outros tipos de câncer no abdome), devem procurar o seu médico ou, especialmente, o coloproctologista, antes dos 50 anos, para saber a melhor época e frequência para realização do exame. A colonoscopia permite retirar os adenomas, quando encontrados, que são tumores benignos que precedem a maioria dos tumores do intestino grosso e cuja prevalência aumenta consideravelmente nas faixas etárias mais avançadas.

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A colonoscopia é o meio mais eficaz para fazer a detecção precoce do câncer do intestino. Verdade


É considerado o melhor exame para o rastreamento da doença. Permite visibilizar as lesões, mesmo muito pequenas e imperceptíveis em outros métodos, retirá-las ou ao menos colher material para biópsias para confirmação do diagnóstico e planejamento do tratamento mais adequado.

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Todos os pólipos devem ser removidos, pois podem dar origem ao câncer do intestino. Mito


Há vários tipos de pólipos benignos no intestino, mas os que realmente interessam para a prevenção do adenocarcinoma do intestino grosso e reto são os chamados "adenomas", que dão origem à maioria dos tumores malignos nessa região e devem ser retirados. Colonoscopistas experientes e equipamentos modernos sabem detectar, com bastante precisão, quais são os pólipos que devem ou não ser retirados com segurança.

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Pacientes que tiveram pólipos ou câncer no intestino devem ser submetidos a colonoscopias anualmente ou em intervalos menores de tempo. Mito


As situações que exigem colonoscopias anuais ou com intervalos menores durante um período longo de tempo após a fase inicial do tratamento são muito pouco frequentes. Pacientes com pólipos ou câncer no intestino, tratados adequadamente, sem fatores de risco especiais, devem seguir protocolos de prevenção e detecção precoce de novas lesões que raramente exigem colonoscopias anuais ou com frequência menor. O coloproctologista saberá informar qual será o regime de seguimento com colonoscopia mais adequado para cada caso.

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O consumo excessivo de carne vermelha, defumados e embutidos é fator de risco para o câncer colorretal. Verdade


A ingesta de carne branca como peixe e frango deve ser privilegiada, pois ajuda a proteger o intestino grosso. Há várias pesquisas que sugerem que o consumo exagerado de carne vermelha, defumados e embutidos está relacionado ao aumento da incidência do câncer do cólon e reto.


Negros estão mais propensos ao câncer colorretal. Verdade


Apesar de ainda não se ter a causa comprovada, o câncer colorretal parece ter maior incidência entre homens e mulheres negros.


O câncer do intestino sempre apresenta sintomas. Mito


No início a doença dificilmente apresenta sintomas. As manifestações são mais comuns em estágios avançados, observando-se sangramento pelo ânus, mudança repentina no hábito intestinal, dor e distensão abdominal, anemia e perda de peso sem razão aparente.


O sucesso da cirurgia para retirada do tumor está relacionado à precocidade do diagnóstico. Verdade


Quanto mais cedo, maiores as chances de cura e de não precisar de tratamentos complementares, como radioterapia ou quimioterapia.


Todos que têm câncer colorretal precisam usar bolsa de colostomia (estoma). Mito


Com as atuais técnicas cirúrgicas, os estomas passam a não ser mais tão frequentes e, quando necessários, geralmente são temporários. No entanto, quando não podem ser evitados, sempre são opção melhor do que não tratar ou tratar de forma insuficiente.


Dieta balanceada pode reduzir as chances de câncer colorretal. Verdade


Um estilo de vida saudável, incluindo dieta rica em frutas, vegetais e grãos, além da prática regular de exercícios físicos, evitar obesidade, não fumar e não ingerir álcool em excesso, pode diminuir os riscos da doença.


Doenças inflamatórias intestinais são fatores de risco para o câncer do intestino. Verdade

Embora se reconheça que existe maior incidência de câncer em portadores de doenças inflamatórias intestinais como a colite ulcerativa e doença de Crohn, as causas ainda não foram elucidadas e deve-se sempre buscar a prevenção, com exames de colonoscopias periódicos, em mãos experientes.


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