Você sabia que as substâncias que ingerimos se depositam no cabelo de várias maneiras, principalmente pela corrente sanguínea, ou então pela transpiração e oleosidade da pele?
Isso acontece porque cada folículo de cabelo tem seu próprio suprimento de sangue e, à medida que cresce, drogas, medicamentos e metabólitos são incorporados na porção interna do fio, conhecida como córtex e lá permanecem fixas.
Dessa forma, a análise de cabelo determina a presença de vestígios de drogas, localizadas no interior de seus fios. Como o cabelo e o pelo corporal crescem, aproximadamente, um centímetro por mês, significa que uma amostra de três centímetros representa um período de aproximadamente três meses.
"Conforme o cabelo cresce e, se novas doses forem ingeridas, o cabelo passa a funcionar como uma caixa preta, que registra a história de consumo (ou abstinência) de drogas. Este atributo faz com que o principal benefício da análise de cabelo seja mostrar uma tendência do hábito de uso de drogas", explica Cristina Pisaneschi, diretora da ChromaTox, primeiro e único laboratório a ter métodos para testes de drogas em cabelo acreditado pelo Inmetro na ISO/IEC 17025. Diferentemente da maioria dos laboratórios, as análises são realizadas em São Paulo e produzem resultados rápidos, de alta qualidade e inequívocos.
E se não existe o cabelo?
O exame de cabelo (queratina) também pode ser feito com amostras de pelos de qualquer parte do corpo, como por exemplo, pelos da perna, braço, axila, peito, entre outros.
Porém, o cálculo do período de detecção para amostra de pelo é diferente do cabelo, devido à sua fisiologia. O período de detecção do pelo é de duas a três vezes maior do que o cabelo. Por exemplo, para uma amostra ser representativa a um período aproximado de um ano, ela teria que ter pelo menos, 12 cm de comprimento para cabelo e 4 cm de comprimento para pelo.
De acordo com Cristina Pisaneschi, várias substâncias podem ser detectadas nos testes, dentre elas: Anfetaminas, Metanfetaminas, MDMA (Ecstasy), Benzodiazepínicos (Clonazepam, Diazepam, Lorazepam, etc); Canabinóides (Maconha) (THC e metabólitos); Cocaína (e seus metabólitos), Crack; Opiáceos e Opióides (Codeína, Heroína, Morfina, Fentanil, etc); Hipnóticos e Sedativos (Zopiclone, Zolpidem); LSD, Metadona, PCP (Fenciclidina), Tramadol e Quetamina.