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Síndrome de Peter Pan

Há distúrbio naquele adulto que ainda mora com os pais?

Sua Saúde-Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33
Mudança de comportamento é comum, mas não é doença. - Reprodução
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A Síndrome de Peter Pan, identificada em jovens adultos que não querem amadurecer, que demoram para sair da casa dos pais mesmo tendo alcançado a independência financeira, é um fenômeno recente. O que explica esta mudança de comportamento?

Vamos logo esclarecendo que existe, na área da saúde, uma necessidade de inventar nomes para os fenômenos, classificando uma mudança na cultura como uma patologia. Quero dizer com isso que criou-se - na verdade foi um psicólogo estadunidense da década de 80 - o nome de Síndrome de Peter Pan para designar uma série de características do homem moderno de meia-idade, que foram associadas a um ''desejo de não crescer''. O perigo destas nomenclaturas está no fato delas serem tomadas como uma explicação fechada e definitiva para o que quer que esteja acontecendo na vida do indivíduo.

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Realmente é possível constatar uma mudança no estilo de vida de homens e mulheres na faixa dos 30 aos 40 anos. Hoje, diferente de três ou quatro décadas atrás, as pessoas se separam com maior facilidade, as mulheres também têm empregos fora de casa, muitas pessoas não têm filhos, e mais uma porção de coisas está diferente do que era a constituição de um lar nas gerações passadas.

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É também verdade que aumentou o número de pessoas nesta idade que voltaram ou ainda vivem na casa dos pais, sendo que alguns o fazem pela economia financeira de não ter que sustentar outra casa, ou voltam para cuidar dos pais que agora são idosos, e dentre milhares de razões há também aqueles que buscam manter o conforto e a segurança que tinham quando crianças.

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Hoje, ao atingir a maioridade, não somos mais tão direcionados a nos casar, comprar uma casa e ter filhos; coisas que, aliás, nunca foram garantia de maturidade. Há muita gente com mais de 40 anos que tem casa e família para cuidar e, no entanto, apresenta um senso de responsabilidade correspondente a de um garoto de 15 anos.


Apesar de alguns casos serem preocupantes, seria muito mais ético e útil analisar caso a caso ao invés de criar um nome para enquadrar as pessoas, impondo uma idéia de que ninguém mais quer crescer e que estamos vivendo numa ''Terra do Nunca''.

Bruno Mazetto, psicólogo


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