É comum a confusão entre gripe e resfriado. Muitos atribuem, erroneamente, o mesmo conceito a ambas. Enquanto o resfriado é causado por um conjunto de vírus respiratórios – entre eles o metapneumovírus, vírus sincicial respiratório e o coronavírus, por exemplo, a gripe é causada pelo vírus da influenza.
O principal fator que gera esta confusão é a coincidência dos sintomas. Nariz entupido ou escorrendo (coriza) e tosse estão presentes em ambas as patologias. A diferença é que a gripe é mais intensa, e pode vir acompanhada de febre, cansaço e fadiga, além do fato de oferecer maior risco de complicações.
"Uma gripe pode, mais comumente, ser seguida de um quadro de pneumonia viral, ou de uma invasão bacteriana. Estas complicações são bem menos frequentes no caso de um resfriado", explica o Dr. Rodrigo Abensur Athanazio, diretor de divulgação da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
Prevenção e tratamento
A gravidade da gripe é proporcional à vulnerabilidade dos pacientes, e estão geralmente nos extremos da idade os mais acometidos: crianças menores de cinco anos de idade e adultos a partir dos 60 anos. Também devem estar atentos aos sintomas portadores de doenças cardiológicas ou pulmonares, e aqueles com reduzida imunidade, como os HIV positivos, portadores de doenças reumatológicas ou que não têm o baço.
Para prevenir complicações, especialmente com o fim do verão e queda da temperatura, é importante evitar ambientes fechados e aglomerações de pessoas, pois são locais propícios para a propagação do vírus.
Outras medidas importantes, alerta o dr. Rodrigo, são lavar as mãos e utilizar o álcool em gel, pois o vírus pode ser transmitido tanto por contato direto após disseminação por espirros e tosse como por contato indireto, por exemplo, ao encostar a mão contaminada próximo às vias aéreas superiores. A vacina também é muito importante e sua indicação deve ser discutida com o médico.
Novo ano, nova vacina
É importante frisar que os vírus Influenza sofrem mutações. Para acompanhá-las, novas vacinas são produzidas, adequadas aos vírus mais frequentes no ano vigente. "Mesmo os indivíduos que já receberam a vacina em anos anteriores devem se vacinar novamente", finaliza o especialista.