Fraturas são muito comuns em qualquer faixa etária, porém, na terceira idade elas se tornam mais frequentes, por causa das alterações na estrutura óssea. A fratura em idoso, no geral, leva mais tempo para cicatrizar. Em pessoas acima de 60 anos aumenta a incidência de cirurgia para reparo.
Além dos idosos, obesos, alcóolatras, fumantes, desnutridos e portadores de doenças crônicas também têm maior dificuldade para cicatrização de ossos. As fraturas são ligeiramente mais comuns em crianças e adolescentes do que em jovens e adultos, devido ao nível de atividade que exercem. Só que, nos mais novos, o processo de cicatrização leva cerca de seis semanas, dependendo do tipo e da extensão do dano.
Falar que o osso parece com uma esponja ajuda a entender seu funcionamento e também porque certas doenças acontecem. Sabe aquela esponja com mais furos? Ela representaria bem o osso de quem tem osteoporose. A doença leva ao enfraquecimento dos ossos, tornando-os vulneráveis a fraturas. É uma patologia assintomática, lenta e progressiva e esse caráter silencioso faz com que não seja diagnosticada até que ocorram as fraturas, principalmente nos ossos do punho, colo de úmero, quadril e coluna vertebral. Entre os principais indícios da osteoporose destacam-se a dor prolongada na coluna vertebral, associada à diminuição da altura do paciente, devido a microfraturas em vértebras, e o desevolvimento de cifose, ou seja, corcunda.
Na terceira idade, é importante estar atento para evitar quedas e até batidas que podem resultar em fraturas. Ao mesmo tempo que os ossos ficam mais fracos, a tendência é de o idoso perder a agilidade e o equilíbrio. A recomendação é de manter a casa segura, sem tapetes nos quais se possa enroscar o pé ou objetos que causem tropeços. Boa parte dos acidentes acontece durante a noite. A maioria não tem o hábito de manter luzes acesas, levanta-se no escuro para ir ao banheiro e acaba caindo. Adotar pequenas luminárias no caminho pode ajudar.
Fabio Ravaglia - ortopedista