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Febre amarela: conheça os sintomas e saiba quando tomar a vacina

Agência Brasil
19 jan 2017 às 17:14

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- Reprodução/Pixabay
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Desde que os casos de febre amarela começaram a aumentar em Minas Gerais a preocupação com a doença e a procura por vacinas cresceram. Pelo menos oito mortes por febre amarela no estado.

O último boletim epidemiológico sobre febre amarela em Minas contabilizava 184 casos notificados da doença, sendo 37 casos prováveis, além de 53 óbitos suspeitos, sendo 22 óbitos prováveis por febre amarela.

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Em todo o ano de 2016 apenas sete casos da doença foram confirmados em Goiás, São Paulo e Amazonas. Cinco deles evoluíram para óbito, segundo o Ministério da Saúde.

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Quais os desafios de fazer uma vacina chegar à população?


Para quem vai viajar para áreas com risco de febre amarela, a recomendação é se imunizar com pelo menos 10 dias de antecedência. Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

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Entenda mais sobre a doença e saiba como se proteger:


O que é a febre amarela?

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A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar o indivíduo infectado à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. De acordo com Ministério da Saúde, a doença é transmitida por mosquitos e comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.


Como a doença é transmitida?

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O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de uma pessoa infectada para outra pessoa.


A doença possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. Nos dois casos, o vírus transmitido é o mesmo, assim como os sintomas da doença. O que difere um ciclo do outro é o mosquito transmissor.

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No ciclo silvestre da febre amarela, os macacos são os principais hospedeiros do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os principais na América Latina. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e também ao homem. Nesse ciclo, o é um hospedeiro acidental quando entra em áreas de mata.


No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre pelo mosquito Aedes aegypti, comum nas cidades e que também transmite a dengue, o vírus Zika e a Chikungunya.

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O que está acontecendo no Brasil é um surto ou uma epidemia?


Um surto, pois, de acordo com o Ministério da Saúde, o aumento do número de casos da doença acima do normal ocorre em regiões específicas, sem espalhamento. Já a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões.

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Por que este surto de febre amarela é chamado de selvagem?


Porque os casos registrados ocorrem em regiões rurais ou de mata, transmitidos pelos mosquitos Haemagogus ou Sabethes. Por enquanto, não foi detectada a transmissão da doença pelo Aedes aegypti.


Como é feita a prevenção contra a febre amarela?


De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação. Os mosquitos criam-se na água e proliferam-se dentro dos domicílios.


Qualquer recipiente como caixas d'água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados.


Para eliminar o mosquito adulto, em caso de epidemia de dengue ou febre amarela, deve-se fazer a aplicação de inseticida através do "fumacê".


Como posso me proteger contra a febre amarela?


A única forma de evitar a doença é através da vacinação. No Brasil, o imunizante é desenvolvido pelo laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desde 1937.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Brasil adota esquema de duas doses da vacina: uma aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.


Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.


Quem deve ser vacinado?


Além das doses na primeira infância, o ministério recomenda vacinação imediata para todas as pessoas que vivem em áreas rurais nas regiões com risco da doença e nas cidades que vivem surto de febre amarela.


Quem nunca recebeu imunização contra a doença também deve procurar um posto de saúde.


Segundo o Ministério da Saúde, todos os estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendadas.


Para que localidades a vacina é recomendada?


De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina é recomendada para moradores de toda a região Norte e Centro-Oeste, parte do Nordeste (Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia), do Sudeste (Minas Gerais, oeste de São Paulo e norte do Espírito Santo) e do Sul (oeste do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).


A recomendação de vacinação para o restante do país continua a mesma: toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, deve se imunizar.


Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da área de recomendação para a vacina.


Quem não pode receber a vacina?


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a vacina para pessoas com doenças que baixam a imunidade – como lúpus, câncer e HIV –, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.


Quais são os sintomas da febre amarela?


Os sintomas iniciais incluem febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, insuficiência de órgãos. Entre 20% e 50% das pessoas que desenvolvem a doença grave podem morrer.


A febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.


Como se manifesta a febre amarela?


O período em que o vírus irá se manifestar no homem varia de três a seis dias após a picada do mosquito infectado, podendo se estender para até 15 dias. A maioria das pessoas apresenta melhora após os sintomas iniciais.


No entanto, cerca de 15% dos infectados desenvolvem uma forma mais grave da doença. Nesse caso, a pessoa infectada pode servir como fonte de infecção para outros mosquitos transmissores durante no máximo 7 dias (de um a dois dias antes do aparecimento dos sintomas até três a cinco dias após).


Nos casos em que a doença não é fatal, a pessoa que contraiu a doença fica com imunidade duradoura, ou seja: só é possível ter febre amarela uma vez na vida.


O que você deve fazer se apresentar os sintomas?


Depois de identificar alguns dos sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas ou caso tenha observado mortandade de macacos próximo aos lugares que visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.


Como a febre amarela é tratada?

Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como as dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Remédios que contenham ácido acetilsalicílico (AAS e Aspirina) devem ser evitados, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.


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