Os distúrbios do sono, dos quais a insônia é o mais comum, acometem de 20% a 40% da população mundial. E as duas principais consequências deste fato são o decréscimo do rendimento profissional e o aumento do risco de acidentes.
O sono normal é dividido em quatro estágios, denominados de 1 a 4, e mais um quinto estágio chamado de sono REM (derivado de Rapid Eyes Movement, que significa movimento rápido dos olhos). Neste estágio ocorrem os sonhos.
Acredita-se que a atividade física promova um aumento do tempo total do sono, aumentando a duração dos estágios 3 e 4, e diminuindo a duração do sono REM.
Mas por que o exercício físico pode promover a melhora do padrão de sono? Talvez simplesmente para restabelecermos o nosso corpo do gasto energético adicional demandado pela atividade física. Mas, atenção, o grau e a intensidade destes exercícios é fundamental. A atividade física exagerada pode causar um efeito inverso sobre o sono, piorando a qualidade do mesmo.
Apesar de os médicos não enfatizarem regularmente a prática de atividades físicas como um elemento adicional no combate à insônia, teoricamente, teríamos um sono melhor quanto mais próximo ao período de dormir esta atividade física fosse efetuada.
Mas é mais provável que as academias fiquem cheias após as 22 horas por outros motivos, dentre os quais a impossibilidade de exercitar-se em outro horário ou a crença de que o ambiente esteja menos tumultuado, e a orientação do profissional possa ser mais individualizada.
Luis Sidônio Teixeira Silva, neurologista