Manchas que surgem com a idade são um tormento frequente, para homens e mulheres. São principalmente manchas acastanhadas, de alguns poucos milímetros a centímetros, que surgem no dorso da mão e no rosto. No entanto, essas manchas não são pela idade, mas sim pela exposição solar que ocorre durante toda a vida. E é fácil comprovar isso. Basta comparar com a pele que não pega sol, como a face interna do braço ou a axila. Nesses lugares não existem as manchas. Elas não trazem maiores riscos além do desconforto estético, mas são um indicativo da pele sobre o excesso de sol já tomado.
Existem outras alterações dadas pelo acúmulo de sol na pele, como a ceratose actínica - pequenas manchas avermelhadas, com uma superfície grosseira. Podem aparecer com as melanoses solares, mas estas merecem um cuidado especial, pois até 10% delas podem evoluir para o câncer de pele.
Associadas a essas lesões temos as sardas brancas (leucodermia solar gutata), que são pequenos pontos brancos, ovalados, com alguns milímetros de diâmetro. Geralmente no verão ficam mais evidentes, pois a pele ao redor bronzeia-se, aumentando o seu contraste.
Todas essas lesões podem ser evitadas com cuidados diários ao longo da vida, como o uso do protetor solar e exposição solar cautelosa. E não é só o sol da piscina ou da praia, mas o sol do dia a dia que vai danificando as células que no futuro levará às manchas.
Fundamental o acompanhamento junto ao seu dermatologista de qualquer mancha ou machucado que surge na pele. Algumas vezes, o que aparenta ser apenas uma mancha do sol pode ser uma lesão mais grave, como um câncer de pele.
Rubens Pontello Junior - dermatologista (Londrina)