Tire suas Dúvidas

É preciso fazer avaliação médica para praticar caminhada?

24 ago 2012 às 15:03

A avaliação cardiológica rotineira é importante após os 40 anos de idade e, até antes disso, se a pessoa tem alto risco para doença aterosclerótica: infarto do miocárdio e derrame cerebral (AVC). A periodicidade destas avaliações depende de cada caso e deverá ser estabelecida pelo médico.

Quando se vai iniciar um atividade física, é muito importante esta verificação, para se estabelecer o grau de risco individual, quais exercícios podem ser feitos e em que intensidade. Embora a caminhada seja uma atividade de baixo risco, é sempre prudente se consultar com um cardiologista antes iniciá-la, porque, mesmo não sendo hipertenso e não sentindo dores no peito, existem outros fatores que devem ser pesquisados e que podem colocar o indivíduo no grupo de risco.


A atividade física regular é muito importante para a saúde física e mental do ser humano. O homem foi criado para andar, trabalhar braçalmente, caçar, atravessar rios a nado e etc. Era assim no início da humanidade e até um passado não muito distante.


O sedentarismo é um dos maiores males da modernidade. Carro, direção hidráulica, vidro elétrico, controle remoto e muitas outras comodidades da vida moderna levam a pessoa a se tornar cada vez mais acomodado.


A liberação de endorfinas que ocorre no exercício deixa o coração mais resistente, diminui o risco de arritmias, baixa o colesterol, triglicérides, glicemia, pressão arterial e peso; melhora o HDL (colesterol bom), humor, sono, desempenho sexual e a qualidade de vida.


É importante salientar que a atividade física deve ser regular e bem dosada. Os riscos do exercício esporádico ou extenuante são muito sérios e incluem: arritmia, lesões músculo-esqueléticas, instabilização de placas de ateroma, que podem levar a infarto, derrame e morte súbita. Por isso é sempre importante, além da avaliação com o seu cardiologista, buscar orientações de um profissional da área ou academia para uma melhor eficácia da atividade.

Antônio I. Furlan, cardiologista


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