A tendinite no bíceps ou tendinite bicipital caracteriza-se por uma inflamação na porção tendinosa do bíceps, podendo ser localizada na proximidade do ombro, atuando com outros músculos e auxiliando nos movimentos do mesmo, e na porção distal, localizada próximo ao cotovelo, que realiza o movimento de flexão do antebraço.
As causas mais comuns se devem a movimentos repetitivos realizados em postos de trabalho em que o braço permanece por muito tempo elevado acima do ombro e por meio de flexão repetida de cotovelo, tais como carregar caixas, movimentos de puxar objetos, entre outros, caracterizando um trabalho repetitivo.
É também muito comum em atletas praticantes de tênis, musculação, natação e ciclismo.
A tendinite bicipital pode e é tratada com recursos fisioterapêuticos. Após um diagnóstico funcional do complexo do ombro e cotovelo, segue-se a conduta fisioterapêutica, que poderá ser com recursos eletroterapêuticos (aparelhos utilizados para diminuição da dor e inflamação); gelo, que é utilizado na fase aguda para diminuir os sintomas da inflamação; a cinesioterapia, em que são feitos exercícios terapêuticos e alongamentos específicos para a correção do alinhamento do ombro, que na maioria dos casos contribui para o surgimento e a manutenção deste processo inflamatório.
É importante também manter repouso, dependendo do estágio desta tendinite. Outro ponto importante é corrigir a postura e do posto de trabalho do paciente, além de fazer a análise detalhada do gesto esportivo do atleta em sua modalidade.
Rodolfo Parreira, fisioterapeuta