Os hormônios caracteristicamente masculinos são a androstenidiona, DHEA, SDHEA, 17-alfa-hidroxiprogesterona, testosterona, também chamados de hormônios androgênicos. Homens e mulheres produzem hormônios masculinos e femininos, porém, o que predomina é o hormônio do próprio sexo.
Porém, existem algumas disfunções ou até doenças que mudam o predomínio desses hormônios no organismo. Como exemplos, a síndrome dos ovários policísticos e a hiperplasia congênita da glândula supra-renal no organismo feminino, que podem aumentar os níveis desses hormônios androgênicos. Sinais de excesso de hormônios masculinos são queda de cabelo e excesso de pelos em locais caracteristicamente masculinos (face, tórax, região interna das coxas, dorso), além de acne, oleosidade acentuada na pele e couro cabeludo, irregularidade menstrual, infertilidade, entre outros sinais e sintomas clínicos característicos, como a obesidade.
Esses hormônios podem vir associados a outras alterações de exames, como um ultrassom de ovários alterado, além de manifestações metabólicas como colesterol e triglicérides elevados, e risco aumentado para diabetes, inclusive o gestacional.
José Cervantes Loli - endocrinologista (Apucarana)